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Termina primeira etapa de cúpula social da Bolívia

Propostas de um pacto de produção e emprego, consolidação da segurança cidadã, criação de conselhos econômicos e de comunicação e da política soberana de saída ao mar, foram temas de destaque na última quarta-feira (14) na Cúpula Social da Bolívia.

Com isso se conclui a primeira fase deste encontro com a apresentação das conclusões das mesas de trabalho, que serão analisadas pelas bases dos setores e organizações sociais nos departamentos e municípios até 8 de janeiro próximo.

A cúpula continuará entre 9 e 11 de janeiro de 2012 com o encerramento do encontro e a apresentação da nova agenda econômica e social de desenvolvimento do país.

O vice-ministro de Desenvolvimento Rural, Víctor Hugo Vásquez, afirmou que no caso da produção foram elaborados seis eixos temáticos: sementes, terra, água, financiamento, industrialização e mercado.

Na mesa de Segurança Cidadã, presidida pelo ministro de Governo, Wilfredo Chávez, reconheceu-se a necessidade de envolver a sociedade civil na luta contra a delinquência, e tratou-se a presença dos meios de comunicação como base do sistema educativo, junto com a mudança de enfoque sobre segurança.

Por sua vez, o ministro de Defesa, Rubén Saavedra, afirmou que os participantes na mesa de Política Internacional deram seu apoio à causa pela reivindicação marítima e a demanda diante do Tribunal de Justiça de Haia.

Os delegados das organizações coincidiram em respaldar a política de Estado anunciada pelo presidente Evo Morales em 23 de março, de ir aos tribunais internacionais para demandar o direito da Bolívia de voltar ao mar com soberania, ante da resistência do Chile a solucionar o conflito, assegurou Saavedra.

Também debateram relações internacionais e controle e desenvolvimento fronteiriço.

A Confederação de Empresários Privados da Bolívia (CEPB) propôs um pacto nacional pela produção, o investimento e o emprego. Daniel Sánchez, presidente de CEPB, explicou em conferência de imprensa que a proposta do setor inclui a formulação de uma nova lei de investimentos privados, nacionais e estrangeiros.

Foi formado um Conselho Econômico para institucionalizar o diálogo entre governo, empresários e produtores, para encaminhar o desenvolvimento nacional com equidade, inclusão social e menos pobreza.

Propôs-se priorizar cinco grandes políticas: desenvolvimento da indústria e o turismo; segurança alimentar e produção agropecuária; expansão da mineração; segurança energética e políticas de infraestrutura.

O investimento público e privado para gerar maior produção e a criação de fontes de emprego esteve na Mesa Salário, Emprego e Estabilidade Trabalhista.

A comissão de Revolução Cultural e Comunicação debateu a mercantilização da informação, bem como a diferença entre os interesses dos trabalhadores dos meios de comunicação e os empresários foi outro aspecto de debate.

A necessidade de conformar um Conselho Plurinacional de Comunicação e um marco jurídico para o campo comunicacional, e a urgência de modificar os latifúndios midiáticos foi tratada, bem como o fortalecimento dos meios de informação de povos originários, indígenas, setores sociais e sindicatos.

O direito à educação orientada aos pobres e a educação para a produção são as propostas do Ministério da Educação. O ministro Roberto Aguilar explicou a necessidade de a educação ser um direito de todos.

Por seu lado, o executivo da Confederação de Trabalhadores de Educação Urbana Jorge Baldivieso apoiou fortalecer as forças produtivas e econômicas a partir da industrialização. Estamos por uma nova política educativa, disse o dirigente, cujo setor se desligou da agora ausente Central Operária Boliviana.

Prensa Latina