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Brasil reforça parceira com Cuba nas ações de saúde

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, faz parte da comitiva da presidenta Dilma Rousseff em visita à Cuba, com a missão de aprofundar a cooperação em pesquisas, desenvolvimento de medicamentos e transferência tecnológica entre os dois países. Acordos bilaterais já existentes envolvem 38 projetos, 12 deles tidos como prioritários – referem-se à terapia e ao diagnóstico de diferentes tipos de câncer, tratamento de diabetes e produção de vacinas preventivas e terapêuticas.

“A integração de esforços é fundamental para que possamos produzir em nosso próprio país cada vez mais medicamentos e vacinas que beneficiem a população brasileira e nos permitam economizar recursos”, ressalta o ministro. “Além disso, a atuação cooperada entre Brasil e Cuba na reestruturação da saúde no Haiti possibilita que sejamos mais eficazes no atendimento a uma população tão sacrificada depois do desastre de 2010”.

O Ministério da Saúde já negocia com Cuba o fortalecimento de ações em saúde bucal, com a utilização de conhecimento obtido com o programa Brasil Sorridente, existente desde 2004 no Brasil. Também está em negociação a capacitação de profissionais cubanos para o aperfeiçoamento de bancos de leite em Cuba e do processamento do produto, ação que visa a melhoria da saúde materno-infantil. O controle da qualidade de medicamentos e medidas regulatórias também estão em discussão.

No Haiti

Os ministérios da Saúde do Brasil e de Cuba atuam em ações conjuntas na reconstrução do setor no Haiti. Desde 2004, por mandato da Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil chefia a Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (MINUSTAH). Além de manutenção da paz, exerce ajuda humanitária, ampliada depois do terremoto de janeiro de 2010 naquele país.

Dos R$135 milhões garantidos em lei para repasse do governo brasileiro ao Haiti, R$ 69,9 milhões foram executados em 2011 em ações de saúde, agricultura e defesa. Entre as ações coordenadas pelo governo brasileiro estão a recuperação de dois laboratórios (já em fase avançada) e a construção de quatro unidades de saúde; aquisição de equipamentos e insumos de saúde – como a entrega de tratamentos para o cólera e de 30 ambulâncias, ocorrida em 2011 –; bolsas para capacitação de 2 mil agentes comunitários e 500 técnicos em saúde.

Como um dos resultados do trabalho do governo brasileiro na qualificação da gestão assistencial e de vigilância epidemiológica, o Haiti deverá ter no primeiro semestre do ano uma campanha de vacinação massiva contra poliomielite, sarampo e rubéola.

De Brasília
Com informações do Ministério da Saúde