Bancários no HSBC de Curitiba protestam contra assédio moral

Bancários da agência Cidade Industrial de Curitiba (CIC) do HSBC, no Paraná, realizam uma paralisação desde a quinta-feira (24) em protesto ao grande número de denúncias de assédio moral. Há pelo menos um ano os trabalhadores têm relatado diversos casos. Segundo o sindicato da categoria, há casos de afastamento por motivo psicológico e pedidos de demissão. Nesta quarta-feira (30), os trabalhadores fazem protesto em frente ao prédio do HSBC Palácio Avenida, no Centro da capital.


Protestos ocorrem desde quinta (24) contra assédio moral na agência CIC/foto: divulgação

Tanto o centro administrativo quanto a agência permanecerão fechados durante todo o dia por conta dos protestos realizados em frente aos prédios. De acordo com os dirigentes sindicais, as mobilizações têm apoio maciço dos trabalhadores. Antes disso, os protestos ocorriam em frente da agência CIC, onde ocorrem os supostos assédios. No entanto, a instituição financeira ingressou com um pedido de liminar para interdito proibitório, que foi deferido pela Justiça na terça (29) o que, na prática, impede a realização da mobilização na Agência CIC.

“Esta falta de respeito do HSBC para com os problemas de seus bancários nos motivou a ampliar a mobilização e realizar um ato no Palácio Avenida, denunciando não só a violência organizacional que o banco pratica contra seus funcionários, como todas as demais incoerências: entre elas, as alterações no Plano de Saúde, que retira direitos dos trabalhadores; os provisionamento anuais, que afetam diretamente o valor da PLR paga aos bancários; além das demissões que o banco realiza, aumentando a rotatividade”, explica Carlos Alberto Kanak, coordenador nacional da COE/HSBC e diretor do Sindicato.

Diante disso, o Sindicato dos Bancários de Curitiba afirma que só interromperá a mobilização quando o banco inglês apresentar uma solução efetiva para o problema.

Segundo os relatos dos bancários, o assédio moral ocorre há mais de um ano e estaria sendo feito pelo gestor que, rotineiramente, tem pressionado pelo cumprimento de metas, desacatos e cobranças imorais aos bancários.

Em nota de apenas um parágrafo, o HSBC declarou "que respeita o direito democrático de manifestação dos sindicatos, mas não comenta publicamente as reivindicações, pois há comitês permanentes para a discussão destas questões."

Da redação do Vermelho com informações do Sindicato dos Bancários