Protesto nas ruas leva cidades a revogarem tarifas de ônibus

Em meio aos protestos contra o aumento das passagens do transporte coletivo em algumas capitais do país, uma notícia mostra que a mobilização nas ruas dos estudantes pode, sim, mudar o cenário de desrespeito aos usuários de ônibus e metrô. Em Manaus, as tarifas foram reduzidas. e Goiânia, o preço anterior de R$ 2,70 voltou a valer desde estA quinta-feira (13).

Na semana passada, Natal também já havia voltado atrás sobre a portaria que reajustava o valor da tarifa do transporte coletivo de R$ 2,20 para R$ 2,40. Antes disso, Porto Alegre também revogou a passagem.

A capital amazonense foi uma das primeiras a diminuir as tarifas, logo após a publicação no Diário Oficial da Medida Provisória 617/2013, em 7 de junho. O texto cita que “ficam reduzidas a zero as alíquotas da Contribuição para o PIS/Pasep e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) incidentes sobre a receita decorrente da prestação de serviços regulares de transporte coletivo municipal rodoviário, metroviário e ferroviário de passageiros.”

O fim do aumento das tarifas de transporte coletivo é bandeira histórica do movimento estudantil. No mês de março, a juventude amazonense tomou as ruas de Manaus em uma grande Jornada de Lutas que culminou em um protesto em frente à prefeitura pedindo justamente o não aumento da passagem.

Para Beatriz Calheiro, à época presidenta da União Estadual dos Estudants (UEE-AM), os jovens conseguiram mostrar a sua força. ‘’Fizemos barulho e os governantes perceberam o tamanho na nossa luta’’, ressaltou.

A União Nacional dos Estudantes (UNE) é absolutamente contra o aumento contínuo do preço da passagem, que não leva em consideração a qualidade, o número de linhas e o conforto para o usuário. Para a presidenta da UNE, Vic Barros, que esteve presente em um dos protestos realizados na capital paulista, o transporte representa para a juventude a possibilidade de romper com o isolamento territorial, sendo de extrema relevância para a diminuição das desigualdades produzidas pelas cidades. “O direito de locomoção nas grandes cidades não pode ser submetido às leis do mercado”, avaliou.

Hoje mais um protesto está marcado para acontecer na cidade de São Paulo. Esta será a terceira manifestação em menos de uma semana para reivindicar a revogação do aumento da tarifa de R$3 para R$3,20.

Também está prevista manifestação no Rio de Janeiro (RJ), com concentração na Cinelândia. Já em São Paulo o movimento terá início em frente ao Teatro Municipal.

Comissão

Numa tentantiva de evitar um novo confronto nesta quinta, o Ministério Público de São Paulo se reuniu na quarta-feira com representantes do MPL e dos governos municipal e estadual, chegando a uma proposta de acordo, com os seguintes termos: as manifestações em vias públicas seriam suspensas, mediante o retorno da tarifa de transporte de R$ 3,20 para R$ 3, por 45 dias.

Com Site da UNE e agências