Grupo de trabalho de comunistas e operários reúne-se em Bruxelas

Na reunião, que teve como anfitrião o Partido do Trabalho da Bélgica, participaram 17 partidos – incluindo todos os 11 membros do Grupo de Trabalho –, que procederam a uma primeira troca de impressões sobre a preparação da proposta de declaração final do 15.º EIPCO.

O GT adotou as linhas de enquadramento para este documento, cujo lema é "O aprofundamento da crise do capitalismo, o papel da classe operária e as tarefas dos comunistas na luta pelos direitos dos trabalhadores e dos povos. A ofensiva do imperialismo, a rearrumação de forças no plano internacional, a questão nacional, a emancipação de classe e a luta pelo socialismo".

Os participantes também debateram e adotaram diversas orientações de trabalho tendo como objetivo o reforço do processo dos EIPCO e da ação comum ou convergente dos partidos participantes, incluindo aspectos relacionados com o seu funcionamento.

Esteve presente ao evento Ricardo Abreu, o "Alemão", Secretário de Relações Internacionais do Partido Comunista do Brasil (PCdoB). "Na parte da manhã houve um rico debate político com vários elementos que servirão de base para a declaração final de Lisboa", afirmou em entrevista ao Portal Vermelho.

"Foi uma discussão rica, sobre luta anti-imperialismo, consequências políticas e sociais da crise do capitalismo, pano de fundo da situação mundial". considerou.

Alemão revelou que procedeu-se durante o encontro do GT um importante debate de avaliação dos encontros e do papel do grupo de trabalho. "Isso pode ser modificado nos príximos meses e também foi aprovada uma resolução em solidariedade aos povos da Síria, Líbano e Palestina, pelo momento de tensão".

No comunicado, os Partidos Comunistas e Operários expressam "nossa solidariedade com o povo sírio e condenamos o ataque militar contra a Síria que está sendo preparado pelos imperialistas dos Estados Unidos, da Otan e da União Europeia, junto com seus aliados para a promoção de seus interesses na região".

"Repudiamos os pretextos imperialistas que, como foi demonstrado, foram usados também na guerra contra o Iraque e nas demais guerras imperialistas contra Iugoslávia, Afeganistão e Líbia", prossegue o comunicado.

"Conclamamos a classe operária, os povos em todo o mundo, para combater e condenar a nova guerra imperialista, exigir que os governos de seus países não participem e nem apoiem o ataque militar criminoso", finaliza o documento, assinado por 70 partidos comunistas e operários.

Alemão também ressaltou outro ponto do encontro do Grupo de Trabalho, sobre a ação comum ou convergente dos partidos que participam do Encontro. "Também foi muito reforçado o valor e a necessidade atual da unidade política e ideológica dos partidos comunistas e operários em todo o mundo", lembrou o dirigente comunista brasileiro.

Com informações do Avante!