Deputado pede apuração do Massacre de Ipatinga 

Os 50 anos do Massacre de Ipatinga foi lembrado em discurso na Câmara, que pediu a apuração dos fatos ocorridos em 1963, quando um confronto entre policiais militares e operários da usina siderúrgica da Usiminas – na época empresa estatal –, deixou mais de 120 trabalhadores feridos e um número de mortos que até hoje não foi esclarecido.  

“Os trabalhadores metalúrgicos da Usiminas foram massacrados, encurralados e vários morreram”, disse o deputado Leonardo Monteiro (PT-MG), informando que a Comissão Nacional da Verdade esteve na cidade de Ipatinga, no Vale do Aço, para um trabalho de investigação sobre o que realmente aconteceu há 50 anos.

“É preciso apurar a realidade sobre quantos trabalhadores morreram nesse massacre, porque há uma informação extraoficial de que mais ou menos 30 trabalhadores metalúrgicos morreram no confronto”, explicou.

Segundo os registros históricos, o Massacre de Ipatinga foi originado por um atrito entre militares e funcionários da Usiminas, que protestavam por melhores condições de trabalho e contra a truculência de vigilantes da empresa e da Polícia Militar na cidade.

Pelo registro oficial houve seis mortos no confronto e outras duas vítimas que morreram no hospital, entre elas uma criança baleada no colo da mãe, que estava em um ponto de ônibus. No entanto, vários sobreviventes afirmam que o número foi pelo menos cinco vezes maior.

Da Redação em Brasília
Com PT na Câmara