Antártida pode ter diamantes, mas tratado proíbe mineração

Um grupo liderado por pesquisadores australianos revelou ter encontrado pela primeira vez nas montanhas da Antártida rochas conhecidas como kimberlitos, que costumam abrigar diamantes. A pesquisa foi publicada na revista Nature Communications e a informação foi reproduzida por agências de notícias nesta terça-feira (17).

Antártida pode ter diamantes, mas tratado proíbe mineração - Reuters

Diamantes são formados a partir de carbono puro encontrado em locais profundos sob temperaturas e pressão extremas. Erupções vulcânicas trazem esses cristais valiosos para a superfície, normalmente preservados dentro dos kimberlitos.

A presença dessas rochas é considerada um indício da existência de depósito de diamantes em várias partes do mundo, incluindo África, Sibéria e Austrália. Os pesquisadores encontraram e collheram três amostras do material nas montanhas Príncipe Charles.

Mineração proibida

Mesmo se descobrirem uma grande quantidade de diamantes na região, isso não significa que haverá mineração no local. Um tratado internacional proíbe qualquer extração de fontes minerais, a não ser em casos de pesquisas científicas.

O tratado, no entanto, será revisto em 2041 e pode alterar esse cenário. 

"Não sabemos quais serão os termos do tratado após 2041 ou se haverá alguma tecnologia que possa tornar economicamente viável a extração de dimamentes na Antártida", disse Kevin Hughes, do Comitê Científico para Pesquisas na Antártida.

Com inofrmações das agências de notícias