50 anos da ditadura militar e as heranças deixadas pelo golpe

"O Brasil ainda não efetivou um real ajuste de contas com o seu passado", afirmou Aldo Fornazieri, sociólogo e diretor da Escola de Sociologia e Política de São Paulo, durante entrevista à Rede Brasil Atual, ao falar sobre o golpe millitar de 1964 e os desdobramentos após a redemocratização.

Da Radio Vermelho em São Paulo

Durante a entrevista, ele debateu o papel da mídia e das elites conservadoras, criticou os defensores da chamada "ditabranda" e falou sobre o avanço em alguns países latino-americanos ao fazer justiça e punir os que empreenderam a repressão na região.

Ele ainda lembrou que, além do Brasil, muitos países da América Latina sofreram golpes militares, nos quais do Estados Unidos jogaram um papel central no apoio dessas investidas. 

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Ele reputa como pontos que empreenderam a reação das forças conservadoras que eclodiu na execução do golpe, o debate sobre as reformas de base e a sanção de três decretos pelo então presidente João Goulart. "Os decretos visavam a desapropriação de empresas de exploração de petróleo que estavam alocadas no Brasil, a desapropriação de terras para a reforma agrária e a nacionalização de empresas estrangeiras", lembrou.

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