Expectativa do mercado para IPCA de 2015 cai, indica relatório

Para este ano, a expectativa dos economistas para a inflação ficou estável em 6,38%. Para 2015, a estimativa recuou de 6,54% para 6,53%. A meta de inflação é de 4,5%, com tolerância de dois pontos para mais ou para menos. Dessa forma, o teto é de 6,5%.

Em seu cenário de mercado, o Conselho Monetário (Copom) indica que o IPCA pode ficar em 6,4% este ano, 6% para 2015 e 4,9% em 2016.

Recordando artigo publicado na Fundação Perseu Abramo, do economista Emilio Chernavsky, por exemplo, indica que o IPCA deve completar em 2014 o seu 11º ano seguido dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (que tem 6,5% como teto, dois pontos acima do centro da meta) e é similar ao de outras economias emergentes.

Também é interessante pontuar que Alguns itens pressionam a alta da inflação. Entre eles, o grupo Alimentação sobe 6,88%, com o item carnes, por exemplo, acumulando variação de 17,81% em 2014. O grupo Habitação tem alta de 8,25%, também acima da média, e apenas o item energia elétrica residencial chega a 16,46%. Neste começo de 2015, devem pesar mais preços de energia e de transporte, entre outros.

Crescimento

O relatório também apresentou os dados para o Produto Interno Bruto (PIB). Os economistas elevaram a estimativa de uma alta deste ano de 0,13% para 0,14%. Para 2015, a estimativa de expansão da economia ficou estável em 0,55%.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou, em relatório de outubro, que a economia brasileira saiu da recessão técnica no terceiro trimestre de 2014 – quando o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,1% na comparação com o trimestre anterior.

De janeiro a setembro, a economia teve expansão de 0,2% frente ao mesmo período do ano passado. Já no acumulado em quatro trimestres até setembro, a alta foi de 0,7%.

Alta dos juros

Como já é esperado, ventos sopram a informação de que na primeira reunião do Copom (Conselho Monetário) em 2015, marcada para 20 e 21 de janeiro, os juros vão subir.

Desde abril de 2013, o Copom iniciou um ciclo de altas, com alguns intervalos. Nesse período, a taxa básica foi de 7,25% ao ano, seu menor nível histórico, para os atuais 11,75%.

Da Redação em São Paulo
Com informações das agências