FGTS tem orçamento recorde para investir em 2015 

 O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) destinará, em 2015, o maior volume de financiamentos de sua história para obras de habitação, saneamento básico e infraestrutura. O orçamento anual de R$76,9 bilhões, aprovado pelo Conselho Curador do FGTS, será 6% maior do que o executado ao longo deste ano. Até 2018, o ciclo de investimentos deve somar R$ 300 bilhões, garantindo crédito de longo prazo para setores considerados cruciais ao desenvolvimento econômico do País.

FGTS tem orçamento recorde para investir em 2015

“Mesmo com um quadro econômico mais recessivo e potencial retração de outras fontes de financiamento do governo, como o BNDES, o FGTS mantém o orçamento com os patamares altos para os próximos quatro anos, o que faz com que ele proporcionalmente tenha um peso muito maior para os setores de habitação, saneamento e infraestrutura”, afirma Fábio Cleto, vice-presidente de Fundos do Governo e Loterias da Caixa.

Na condição de agente operador do fundo, o banco ocupa um dos 12 assentos a que o governo federal tem direito no Conselho Curador do FGTS – os outros 12 são divididos entre representantes de trabalhadores e patrões. Contando com a poupança de 39 milhões de trabalhadores brasileiros com carteira assinada, o FGTS é hoje o maior fundo privado do Brasil, com patrimônio superior a R$400 bilhões.

O orçamento do fundo para 2015 prevê R$56,5 bilhões em investimentos no setor de habitação. Uma fatia de R$ 8,9 bilhões (16%) vai subsidiar a compra da casa própria por famílias de baixa renda – R$ 6 bilhões especificamente para beneficiários do programa Minha Casa, Minha Vida.

O Programa Saneamento para Todos, que oferece uma linha de crédito com taxas de juros anuais entre 5% e 6%, contará com R$ 7,5 bilhões, e o teto para novas concessões de financiamento a projetos de infraestrutura chegará a R$ 12,8 bilhões, incluindo-se aí o segmento de mobilidade urbana.

Na estimativa do Conselho Curador, os investimentos previstos vão beneficiar 547 mil famílias e gerar 2,6 milhões de novos empregos anualmente entre 2015 e 2018.

“É um investimento que volta para o Fundo com a ampliação do emprego formal. O FI-FGTS (Fundo de Investimento do FGTS), para dar um exemplo, só pode investir em projetos que partam do zero e isso fomenta todo o mercado de trabalho”, observa Cleto.

Para o executivo da Caixa, a atuação do FGTS ao longo da última década ajudou milhões de brasileiros a terem a carteira assinada. “Há 10 anos, a gente tinha 42% de empregos formais do total da massa de trabalhadores. Hoje este índice é de 57%”, conclui Cleto.

Da Redação em Brasília
Com PT na Câmara