PSol apresenta balanço crítico da gestão de Cunha na Câmara 

Os problemas que o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), omite em sua avaliação sobre o primeiro semestre dos trabalhos legislativos na Câmara, foram apontados por um grupo de parlamentares capitaneados pelos deputados federais do PSol, nesta quinta-feira (16). 

Psol apresenta balanço crítico da gestão de Cunha na Câmara - Ass. Imprensa do Psol

No balanço crítico de toda a atividade legislativa do primeiro semestre na Câmara,os deputados desconstruíram o discurso de Cunha sobre gestão de “produtividade” e denunciaram as manobras feitas durante a votação das proposições que fazem parte da agenda conservadora capitaneada pelo Presidente da Câmara, como o financiamento empresarial de campanha eleitoral, o Estatuto da Família, a redução da maioridade penal, entre outros.

O documento, distribuído à imprensa, elenca 15 aspectos que mostram que a gestão de Cunha, “embora alardeie avanços na administração da Câmara, vem sendo pautada por uma agenda autoritária e conservadora, sustentada por uma base de deputados e líderes que corroboram seus métodos e posições políticas”, destaca o Psol.

“Durante este semestre houve uma grave redução da democracia no Parlamento”, afirmou o líder do PSol na Câmara, deputado Chico Alencar (RJ), destacando que “o Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, anuncia supostos avanços na administração da Casa, mas “omite o desserviço prestado ao país por sua agenda autoritária e conservadora”, adiantando que “cresce, porém, a resistência dentro e fora do Parlamento.”

Viés antidemocrático

As 15 posturas e decisões listadas pelo PSol “atestam o viés antidemocrático e de retrocesso” que marca a gestão de Cunha à frente da Câmara, que vão desde o atropelamento e descumprimento de regras regimentais nas votações da Casa até ações de desrespeito e vedação da participação popular nas discussões de leis que afetam à sociedade brasileira.

O PSol também critica o programa “Câmara Itinerante”, criado por Cunha, para servir de “autopromoção, com viagens que exigem um estrutura de servidores fora da Casa, gerando despesas acima de 400 mil reais, até o momento.”

O PSol aponta ainda os vários casos de suspeição que pairam sobre a figura do Presidente da Câmara. “Avolumaram-se as denúncias envolvendo o Presidente da Câmara dos Deputados, relativas a supostas pressões sobre empresas e iniciativas nebulosas”, diz o documento, citando a citação no nome de Cunha nas investigações da Operação Lava-Jato.