Balanço do PPE aponta 43 mil empregos preservados

Os dados foram divulgados na última sexta-feira (27) pelo ministro do Trabalho e Previdência, Miguel Rosseto, durante encontro com trabalhadores no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo.

Programa de Proteção ao Emprego

A lei do PPE foi sancionada pela presidenta Dilma Rousseff no dia 19 deste mês. O programa prevê a possibilidade de redução temporária da jornada de trabalho e dos salários em até 30%, com complementação pelo Fundo do Amparo ao Trabalhador (FAT) de metade da redução salarial.

Segundo Rosseto, o governo federal investiu este ano mais de R$ 95,6 milhões no Programa de Proteção ao Emprego (PPE), beneficiando 43.086 trabalhadores. Mais 25 milhões estão sob análise, disse o ministro.

Dos trabalhadores beneficiados, 24,5 mil são da base do sindicato paulista. Entre as fábricas que ingressaram no PPE estão as montadoras Volkswagen, Ford e Mercedes-Benz.

No total, 80 empresas aderiram ao programa, sendo 27 do setor automobilístico, seguido pelos setores fabril (19) e metalúrgico (17). 

Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques destacou o debate com o governo e os acordos fechados pela categoria. “O PPE é uma ofensiva anti-crise, a fim de que ela seja o mais curta possível. Estamos trabalhando para achar caminhos.”

Para Rosseto as mudanças do Congresso Nacional melhoraram a proposta inicial do governo. Ele citou como exemplo a simplificação para adesão de pequenas empresas.

“Além de criar condições para que o Brasil volte a crescer, queremos ter programas que preservem esse emprego e que todo empresariado, antes de demitir, conheça o PPE e preserve o emprego do povo trabalhador.”

De acordo com o ministro, o O PPE é válido para todos os setores da economia e para empresas de qualquer tamanho. Segundo ele, o prazo de adesão ao programa foi estendido até dezembro de 2016 e deve ser extinto em dezembro de 2017.