Carta de Curitiba critica Moro e impeachment e defende democracia

Em ato público na Universidade Federal do Paraná (UFPR), juristas lançaram nesta terça (22) documento intitulado "Carta de Curitiba", em que reiteram a defesa de preceitos básicos garantidos na Constituição, e criticam o que chamam de excessos cometidos pelo juiz Sérgio Moro, que leciona na universidade.

Carta de Curitiba

Também participaram do Ato em Defesa da Democracia estudantes, representantes de movimentos sociais e sindicais e advogados, que se posicionaram contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff.Na prática, os próprios colegas de Sérgio Moro, na UFPR, e demais defensores da democracia ensinaram ao juiz de Curitiba alguns preceitos básicos garantidos na Constituição Federal de 1988.

No documento, eles denunciaram sistemáticos ataques às instituições democráticas e a campanha de ódio, intolerância e violência levada a cabo pela mídia tradicional. "Não vai ter golpe" e “Fora Moro, fascista, tucano e golpista”, foram algumas das palavras de ordem na plateia. 

"As concessões dos serviços públicos de rádio e televisão não devem ser utilizadas como instrumento de ação política de grupos, instituições e organizações com o objetivo de desestabilizar o regime democrático", diz um trecho da Carta de Curitiba, em claro recado à Rede Globo.

O chamado golpismo da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que repete 1964, também foi alvo da artilharia dos juristas. Eles expressaram no documento "inconformismo republicano" à posição da entidade que é favorável ao impeachment da presidente Dilma Rousseff – mesmo sem base legal.

A "Carta de Curitiba" ainda denuncia Moro por produzir provas de maneira criminosa, ilegal, como grampos telefônicos, bem como pela condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"É preciso ter coragem para denunciar o obscurantismo que insiste em se instalar no País", diz o documento que ainda segue aberto para assinatura da sociedade. Confira a íntegra abaixo e, para subscrever o documento, clique aqui