UBES lança Caravana de Grêmios no Maranhão
Somando às manifestações secundaristas que acontecem em todo Brasil, o estado do Maranhão deu início à mobilização “Caravana Estudantil: a juventude do Maranhão pede passagem”. Com o objetivo de promover uma escola mais democrática, que coloque os estudantes como protagonistas no processo de formação cidadã, a caravana passa por 29 instituições de ensino até o início do mês de dezembro.
Publicado 14/10/2016 16:41
Lançada na quarta-feira (5), no ginásio poliesportivo do Liceu Maranhense, localizado na capital do estado, São Luís, a mobilização é direcionada aos secundaristas que cursam o ensino médio na rede estadual. Com a realização de oficinas, palestras, rodas de conversa, além de atividades culturais e esportivas, o movimento pauta temas como diversidade de gênero, arte, empreendedorismo e engajamento juvenil.
A diretora de comunicação da UBES, Fabíola Loguercio, acompanha de perto o andamento do projeto. Junto aos estudantes, ela percorre regiões metropolitanas da capital do estado e lança vídeos para narrar o cotidiano da caravana.
Para ela “a principal atividade que estamos promovendo é a criação de diálogo com muitas pessoas. Nós estamos conseguindo, de fato, dizer o que é essa nova escola que buscamos construir, que desejamos”, explica.
Diretor de Grêmios da Associação Maranhense dos Estudantes Secundaristas (AMES), Yuri Smith enfatiza: “há uma galera que fica numa parte mais distante da cidade e é muito carente do movimento estudantil. É um pessoal que está disposto a dialogar, que quer participar do movimento! Nós chegamos e conseguimos conquistar o coração deles! Estão todos muito empolgados com tudo e vamos realizar um trabalho muito bacana! ”, conta.
Diante da conjuntural atual de desmonte da educação pública, alavancado pelas medidas retrógradas do governo golpista, os secundaristas buscam, ainda, discutir temáticas como a PEC 241, que congela por duas décadas investimentos direcionados a campos essenciais, como a saúde e a educação. A MP de reforma do ensino médio, que retira as disciplinas de sociologia, filosofia, artes e educação física do currículo obrigatório das escolas é mais um dos assuntos tratados durante a passagem da caravana.
Ainda segundo a diretora da UBES, essa mobilização poderia ocorrer em todos os estados e instituições de ensino do Brasil já que, assim, seria possível a organização de mais grêmios estudantis. “ Nós percebemos, muitas vezes, que a galera quer participar, mas não sabe como. Hoje vimos muitas pessoas dizendo que querem modificar suas escolas e essa caravana pode nos dar a oportunidade de construirmos coletivamente o ensino que queremos”, pontua.