Deputada alerta para desemprego de jovens e exige medidas do governo 

Em discurso no plenário da Câmara, nesta terça-feira (20), a deputada Jô Moraes (PCdoB-MG) chamou atenção para o registro nessa última segunda-feira (19), divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), do percentual de desemprego entre os jovens de 14 a 24 anos, que alcançou o índice de 27,7%, enquanto que, no geral, entre os trabalhadores de idade adulta, chegou a 11,8%.  

“Por isso, temos que ter como eixo, em 2017, o emprego para todos e a proteção aos trabalhadores precários e desempregados”, defendeu a parlamentar, alertando para as medidas que vem sendo adotadas pelo governo ilegítimo de Michel Temer que prejudicam os trabalhadores.

“Quero propor que, além de discutir austeridade naquilo que diz respeito a tirar de quem mais tem, nós nos preocupemos em responder a um plano emergencial de combate ao desemprego, dando destaque aos jovens de 14 a 24 anos, que estão sem esperança e com dias sofridos pela falta de perspectiva”, defendeu a deputada Jô Moraes.

Ela avalia que “toda crise estrutural exige medidas, mas as medidas não podem estar concentradas absolutamente em política de austeridade, em arrocho fiscal, cobrando-se dos trabalhadores e daqueles que mais sofrem. A política de ajuste, a política de austeridade tem que estar focada naqueles que têm condições de pagar por aquilo que já usufruíram.”

A parlamentar citou os casos da Europa, principalmente em Portugal e na França, que durante o período em que o desemprego cresceu, apresentou propostas de combate à precariedade e ao desemprego e de aumento de impostos sobre as grandes fortunas e sobre as empresas que mais lucram.

“Quando nós estamos com esse percentual, em que a juventude tem quase 30% de desempregados, não podemos colocar como proposta a precarização do emprego, que o presidente ilegítimo Michel Temer está apresentando aqui, fracionando as horas de trabalho”, afirmou a parlamentar sobre a mais recente proposta do governo federal que se soma a outras que ameaça os direitos dos trabalhadores e amplia a precariedade nas relações de trabalho.