Servidores em greve ameaçados de prisão em Florianópolis
Os servidores públicos municipais de Florianópolis, em greve há 23 dias, seguem manifestando-se contrários ao pacote de desmonte apresentado pelo prefeito da cidade, Gean Loureiro (PMDB), contendo 37 projetos que revogam direitos do serviço público e reformam o sistema administrativo. Ao invés do diálogo, o procurador geral da prefeitura, Diogo Ptsica, pediu a prisão dos diretores do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Sintrasem) alegando desobediência dos grevistas.
Publicado 10/02/2017 18:11
A principal justificativa do pacote de medidas é a crise econômica da prefeitura. Segundo o prefeito, a dívida do município pode chegar a R$ 1 bilhão — Cesar Souza Júnior, prefeito até dezembro de 2016, falava de R$ 90 milhões em dívidas. No entanto, nenhum balanço das contas da prefeitura foi divulgado à população ou mesmo enviado à CMF como subsídio aos vereadores.
A ex-deputada Angela Albino (PCdoB-SC) rechaça o pedido da procuradoria em pedir a prisão dos diretores do Sindicato. "Consideramos uma medida antidemocrática e pedimos ao prefeito Gean Loureiro que retome o diálogo com a categoria", afirma.
Em um comunicado lançado no site do Sintrasem, os grevistas reafirmam que não acatarão as ameaças de prisão, "O prefeito Gean Loureiro (PMDB) em mais uma tentativa de desmobilizar a categoria, informa que pedirá na justiça a prisão dos diretores do Sintrasem. Esqueceu que o sindicato é formado por todos os trabalhadores municipais e que as ameaças não irão desconstruir nosso movimento. Nossa força é a unidade na greve. Juntos Somos mais fortes! Trabalhador unido, jamais será vencido", dizem os diretores.
Diretora do Sintrasem, Ana Cláudia da Silva, durante a concentração frente à Secretaria Municipal de Assistência, de Florianópolis, explicou o atual contexto da greve, Confira abaixo: Vídeo: Desacato