Embaixador da Rússia na ONU morre repentinamente em Nova York

O embaixador da Rússia nas Nações Unidas, Vitály Tchurkin, morreu de forma repentina nesta segunda-feira (20) em Nova York, informou o Ministério de Relações Exteriores do país euro-asiático.

Vitály Tchurkin

O órgão não deu detalhes sobre as circunstâncias da morte e, por meio do Twitter, ofereceu condolências aos familiares do diplomata. Ele completaria 65 anos nesta terça-feira.

Após passar mal em seu local de trabalho, Tchurkin foi levado às pressas ao Centro Médico Universitário de Columbia, em Nova York, onde morreu, disse o vice-embaixador russo na ONU, Vladimir Safronkov, à agência de notícias AP.

O presidente russo, Valdimir Putin, expressou pesar pela morte do embaixador por meio de seu porta-voz, Dmitri Peskov. "O chefe do Kremlin valorizava o profissionalismo e a vontade diplomática de Tchurkin", declarou o funcionário, acrescentando que Putin ficou "muito abalado ao receber a notícia".

Maria Zakhárova, porta-voz do Ministério do Exterior russo, afirmou em messagem publicada no Facebook que Tchurkin era "uma pessoa extraordinária e um homem brilhante". "Perdemos um querido", escreveu ela.

Tchurkin era embaixador na ONU desde 2006. Graduado em Relações Internacionais e com doutorado em História, Tchurkin também foi embaixador da Rússia na Bélgica e no Canadá.

Nascido na capital da União Soviética em 1952, Churkin começou sua longa carreira logo após se formar no Instituto Estatal de Relações Exteriores de Moscou, em 1974. Antes de defender os interesses russos nas Nações Unidas, função que desempenhava desde 2006, ele serviu como embaixador da Rússia no Canadá (1998-2003), representante especial do governo russo nas conversas sobre a Iugoslávia (1992-1994) e diretor do Departamento de Informação da chancelaria russa e soviética (1990-1992), entre outras coisas. O embaixador era casado e tinha dois filhos.