Trabalhadores contestam privatização da Eletrobras por Temer
Para o Sindicato dos Trabalhadores Energéticos do Estado de São Paulo (Sinergia), a privatização da Eletrobras anunciada nesta segunda-feira (22) pelo governo de Michel Temer deve causar perdas de qualidade na operação do sistema e aumento das tarifas para a população. Em Brasília, parlamentares também se manifestaram contra a medida.
Publicado 23/08/2017 12:04
O presidente do Sinergia, Carlos Alberto Alves, avalia que trabalhadores de carreira e com larga experiência serão substituídos por contratados com menos capacidade técnica e menores salários, o que deve afetar a eficiência do serviço prestado à população.
Em entrevista ao Seu Jornal, da TVT, Carlos Alberto diz ser uma "falácia" o argumento utilizado pelo governo de que a privatização da Eletrobras trará redução nas tarifas de energia.
"Isso é uma falácia, achar que o investidor vai comprar a empresa para poder baratear a energia para a população. Ele quer ganhar dinheiro para poder realimentar o capital e os seus investimentos", diz o dirigente.
Segundo a deputada federal Alice Portugal (PCdoB-BA), a privatização do sistema elétrico "em nada melhorará a garantia do fornecimento e da geração de energia no Brasil". Já o deputado Glauber Braga (Psol-RJ) repudiou a venda do controle acionário da Eletrobras, assim como outra medida do governo Temer, que pretende elevar as taxas de juros cobradas pelo BNDES. "Estão sucateando por completo os bancos públicos, e agora querem que a conta de energia suba para todos."