Direitos Humanos: Declaração chega aos 70 anos com enorme desafio

A Declaração Universal dos Direitos Humanos completará 70 anos no ano que vem em tempos de desafios crescentes, quando o ódio, a discriminação e a violência permanecem vivos, disse a diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Audrey Azoulay,

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“Ao final da Segunda Guerra Mundial, a humanidade inteira resolveu promover a dignidade humana em todos os lugares e para sempre. Nesse espírito, as Nações Unidas adotaram a Declaração Universal dos Direitos Humanos como um padrão comum de conquistas para todos os povos e todas as nações”, disse Audrey.

“Hoje, a Declaração Universal chega aos seus 70 anos de existência em um tempo de desafio crescente. O ódio, a discriminação e a violência permanecem vivos”, disse Audrey.

“Centenas de milhões de mulheres e homens são destituídos e privados de condições básicas de subsistência e de oportunidades. Movimentos populacionais forçados geram violações aos direitos em uma escala sem precedentes. A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável promete não deixar ninguém para trás — e os direitos humanos devem ser o alicerce para todo o progresso.”

Centro de ações

Em dezembro de 1948, a agência foi a primeira das Nações Unidas a colocar a Declaração Universal no centro de todas as suas ações e a promovê-la pelo mundo por meio da educação e da mídia.

“Hoje, e por todo o ano que se segue, a Unesco convoca todos a renovarem seu compromisso com os direitos humanos e com a dignidade que une a humanidade como uma única família, e a defender a Declaração dos Direitos Humanos em cada sociedade e em todas as instâncias.”

Drogas e crimes

Para o diretor-executivo do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), Yury Fedotov, a Declaração Universal dos Direitos Humanos fez muito para moldar nosso mundo desde 10 de dezembro de 1948 por meio de sua visão de direitos humanos indivisíveis e fundamentais para todos.

“O UNODC dá boas vindas a essa celebração global, e por meio da convenção sobre drogas, crimes, corrupção e padrões internacionais sobre terrorismo, esforça-se para defender esses direitos em todas as situações”, disse.

“O tráfico de pessoas, apenas como um exemplo, é uma violenta violação dos direitos humanos. Nas últimas semanas, testemunhamos dramáticas evidências dessas violações na forma de mercados de escravos na Líbia”, declarou.

“Este é um exemplo perturbador do que pode acontecer na ausência de tais direitos essenciais. O UNODC, sob a Convenção contra o Crime Organizado Transnacional e seu protocolo contra o tráfico humano, ajuda a proteger as vítimas ao defender seus direitos reconhecidos internacionalmente”.