Soneto da Esperança

 Por Débora Nunes*

Haddad e Manuela em caminhada em Osasco - Paulo Pinto

Sobre nossos ombros o peso da farsa
Que fez desfalecer a rosa do planalto
Resta agora a dor que o peito esgarça
Pelo amor que o vil tomou de assalto

A tirania aprisionou o retirante,
Sebástica voz da esperança latina,
E, não contente, matou a heroína
De seio negro e coração pujante

Eis que o ódio ganha personificação:
Ameaça a nossa jovem liberdade
Na figura do ignóbil capitão
Mas já cantava o poeta, em verdade:
"Não tarda a aurora da redenção"
Creiamos! Findará enfim a iniquidade.