Caso Bolsonaro: por holofotes, advogado de Adélio trabalhou de graça 

As investigações da Polícia Federal sobre o ataque de Adélio Bispo ao então candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL), em setembro passado, durante a campanha eleitoral, estão próximas do fim. Embora Bolsonaro já tenha dito, mais de uma vez, que o suposto mandante da facada estaria por trás do pagamento dos honorários do advogado Zanone Júnior, a conclusão do processo desautoriza a teoria conspiratória.

Adélio Bispo

Zanone sustentou desde o início que o dinheiro para defender Adélio lhe foi dado por “um religioso de Montes Claros (MG)”, que não queria aparecer. Só que a investigação da PF, em fase final, aponta para uma novidade: ninguém pagou pela defesa.

O advogado resolveu assumir o caso de graça e inventou uma história. A motivação foi a mesma que o levou a defender gratuitamente Bola, o ex-policial que se envolveu no caso do goleiro Bruno. Zanone queria faturar com os holofotes de um caso supermidiático.

Bolsonaro já havia criticado a decisão da Justiça de absolver Adélio por considerá-lo inimputável. “Jogadinha de ser maluco”, chegou a dizer sobre o veredicto. Agora, porém, o presidente não pode contestar a PF – que, a rigor, está sob comando do ministro João Moro (Justiça e Segurança Pública) e da própria presidência.

Da Redação, com informações do Blog do Lauro Jardim