Rússia e Ucrânia trocam prisioneiros

Setenta pessoas foram libertadas no sábado (7): 35 prisioneiros ucranianos regressaram à Ucrânia e 35 prisioneiros russos voltaram à Rússia. Esta foi a primeira operação do género desde o início da crise entre os dois países, em 2014.

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Estes números incluem os 24 marines ucranianos capturados no ano passado pela Rússia, segundo indicou o advogado que representa os militares. “De acordo com as informações de que disponho, estão a ser transportados de autocarro", referiu Nikolaï Polozov.  A informação é do jornal Expresso.

Na quinta-feira o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou a conclusão para breve de uma troca "em grande massa" de prisioneiros com a Ucrânia, uma medida que assinala um declínio nas tensões entre os dois países.

"Estamos a aproximarmos da finalização das negociações", indicou Putin no Fórum Económico do Oriente que ocorre na cidade portuária russa de Vladivostok, acrescentando que "a troca será em grande massa" e que a sua data "será conhecida em breve". "Será uma normalização completa das nossas relações. É inevitável. Somos duas partes da mesma pessoa", referiu o presidente russo.

Em julho, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, propôs à Rússia trocar o cineasta ucraniano Oleg Sentsov, condenado a 20 anos de prisão por Moscou, pelo jornalista Kirill Vyshinskiy julgado por "alta traição" em Kiev. No entanto, no passado dia 28 de agosto, um tribunal ucraniano libertou o jornalista Kirill Vyshinskiy, que estava detido há mais de um ano.

Kirill Vyshinskiy, de dupla nacionalidade ucraniana e russa, coordenador da redação de Kiev da agência estatal russa RIA-Novosti, estava detido desde que tinha sido julgado e condenado por acusações de traição, em maio de 2018, tendo agora saído em liberdade condicional.