Evo Morales denuncia ataques de grupos de direita na Bolívia
O presidente Evo Morales denunciou neste sábado um ataque à Confederação Sindical Única de Trabalhadores Camponeses da Bolívia (Csutcb) e a intervenção na TV estatal da Bolívia e na estação de rádio Red Patria Nueva (RPN).
Publicado 09/11/2019 22:27
"Como membro da Csutcb, a organização-mãe do movimento indígena camponesa do Pacto de Unidade, denuncio o ataque covarde e selvagem à emissora de rádio dessa confederação", disse o presidente através da rede social Twitter. No estilo das ditaduras militares, o golpe ataca a sede do sindicato, disse o presidente na conta @evoespueblo.
Em outra mensagem, ele explicou que "a mídia estatal BTV e RPN foram ocupadas por grupos organizados que, depois de ameaçar e intimidar jornalistas, os forçaram a abandonar seus locais de trabalho".
Eles dizem que defendem a democracia, mas agem como na ditadura, refletiu Morales.
Morales também condenou "a atitude dos ex-defensores do povo que, em vez de proteger os direitos humanos, violam a liberdade de expressão e se juntam a conspiradores racistas para atacar a mídia estatal como fizeram as ditaduras militares".
Os golpistas querem silenciar a imprensa para perpetrar o golpe, enfatizou o chefe de estado boliviano antes que as ações da oposição se organizassem em La Paz, com o objetivo de perpetrar o ataque contra as instituições bolivianas.
A truculência ilimitada da oposição boliviana chegou ao ponto de sequestrar e torturar a prefeita Patricia Arce, do município de Vinto, na região de Cochabamba. Os criminosos só foram contidos após a intervenção da polícia, que resgatou a prefeita.