Em 18 de janeiro de 2012 um gigante adormecido despertou, e não foi o Brasil. Foi a internet. Quando internautas e empresas do Vale do Silício uniram-se em protesto contra dois projetos de lei que o Congresso dos EUA estava prestes a aprovar: o Sopa (Stop Online Piracy Act) e o Pipa (Protect Intellectual Property Act). Sentindo a “colherada” quente demais, o gigante assustou e na sopa cuspiu de volta.
Por Pedro Rezende*
Um novo projeto contra a pirataria na internet, apresentado em janeiro deste ano no Cogresso dos Estados Unidos, não é visto como solução final, mas pode conserta as principais falhas e lacunas do antecessor, o Sopa (Stop Online Piracy Act ), engavetado após ser duramente criticado por implicar no controle de tudo o que possa circular no espaço virtual.
A retirada do ar do site Megaupload e Megavideo pelo Departamento de Justiça (DOJ) norte-americano resultou em uma rápida retaliação do grupo hacktivistas conhecido como Anonymous, que, em resposta, derrubou o site do órgão. O conflito foi em resposta à acusação de 72 páginas feita pelo DOJ, que acusa sete executivos do Megaupload, que tem base em Hong Kong, por violação de direitos autorais e operação de uma empresa criminosa.
Por Milton Ribeiro, no sítio Sul 21:
Nos últimos dias, uma imensa onde de protestos invadiu o Congresso americano e suas margens. Tudo ocorreu sem gritos, cassetetes ou polícia de choque. Foi um protesto apenas domiciliar e uma prova do que a internet pode. Tudo indica que o presidente Barack Obama pressionou os autores do SOPA e do PIPA a recuarem para não ter de vetar uma lei que atacaria sua base social.
O autor do projeto de lei americano antipirataria (Sopa), Lamar Smith, declarou nesta sexta-feira (20) que está retirando a proposta da pauta “até que haja um consenso maior em torno de uma solução”. O recuo foi consequência das manifestações virtuais no mundo inteiro, principalmente nos Estados Unidos.
A polícia da Nova Zelândia prendeu nesta sexta-feira (20) o fundador do site Megaupload, Kim Schmitz, conhecido como Kim Dotcom. Também foram presos os diretores do site, Batata Finn, Mathias Ortmann e Bram van der Kolk. Três são alemães e um é holandês e todos moram na Nova Zelândia, mas foram presos a mando do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, em uma ação coordenada pelo FBI.
A empresa estatal de comunicações do Uruguai (Antel) anunciou nesta quinta-feira (19) que promoverá um dia de acesso gratuito à internet a todos seus usuários acompanhando a onda de protestos globais contra o polêmico projeto de lei de combate à pirataria que tramita no Congresso dos Estados Unidos e motivou o blecaute de sites populares como o Wikipédia.
Pelo Twitter, o cartunista Mauricio de Sousa anunciou o protesto da Turma da Mônica contra um projeto de lei do Congresso dos Estados Unidos que procura combater a pirataria on-line, a Sopa (Stop Piracy Act), e sua versão correspondente que está no Senado, a Pipa (Protect IP Act).