Sem categoria

Eleição não acaba com disputa pela liderança da bancada do PMDB

A eleição para escolha do líder da bancada do PMDB na Câmara dos Deputados, na noite desta quarta-feira (5), não pôs fim à disputa entre os deputados Waldemir Moka (MS) e Wilson Santiago (PB) pelo cargo. O número de votantes foi bem inferior aos 83 deputa

A ata e a lista de votantes foi encaminhada à Mesa Diretora da Casa que não considerou válido o resultado da eleição. Segundo o secretário geral da Mesa, Mozart Vianna de Paiva, "uma das assinaturas não conferiu", justificou.

De acordo com o Regimento Interno da Câmara, a escolha dos líderes partidários se dá pelo sistema de listas, mas a disputa interna do PMDB obrigou a realização de eleição por voto secreto. A proposta era que, depois de apurados os votos, todos os deputados do PMDB assinariam lista de apoio ao vencedor, o que não ocorreu com a ausência dos oposicionistas ao pleito.

O deputado paraibano, que representa a ala governista, pediu adiamento da votação para a próxima terça-feira (11) para "buscar entendimento", mas os oposicionistas não aceitaram a proposta e abriram o processo de votação. Com isso, os deputados que apoiam Santiago decidiram esvaziar a eleição.

Ao final da apuração, o resultado surpreendeu Wilson Santiago, que recebeu cinco votos. Considerando que os apoiadores dele não votaram, os cinco votos teriam vindo dos partidários de Moka.

A disputa pelo cargo de líder ganhou dimensões semelhantes a que divide o Partido em nível nacional – entre governistas e oposicionistas. Santiago declarou que era contrário a convenção do PMDB, realizada no mês passado, para decidir sobre a candidatura própria do Partido à Presidência da República.

Socos e sopapos

Na primeira reunião para escolha do líder, por meio de elaboração de lista, os peemedebistas entraram em confronto. A reunião terminou em troca de socos e sopapos. Duas listas foram entregues à mesa e uma delas desapareceu.

O Supremo Tribunal Federal (STF) foi acionado e concedeu liminar anulando a indicação de Santiago, sem, no entanto, devolver à Moka o cargo. A bancada continua sem comando.

De Brasília

Márcia Xavier