Distribuidores e consumidores de gás discutem racionamento

Distribuidores e grandes consumidores de gás natural começam como pôr em prática o racionamento do combustível definido pelo governo na sexta-feira, em função do rompimento de um duto da Petrobras na Bolívia.

De acordo com os contratos, o aumento de custos provocado pela troca de combustíveis é responsabilidade dos consumidores. O secretário de energia, indústria naval e petróleo do Rio de Janeiro, Wagner Victer, sugeriu ao Ministério de Minas e Energia (MME) que determine à Petrobras a adoção de um sistema de descontos em combustíveis alternativos ao gás, como o gás liquefeito de petróleo (GLP), o gás de cozinha, e o óleo diesel.

 

 

A estatal, no entanto, não parece disposta a assumir o custo. A redução das entregas de gás se deu por motivo de força maior e, assim, algumas cláusulas do contrato perdem a eficácia nesse período. Na sexta-feira, o MME anunciou que as entregas de gás serão reduzidas nas regiões Sul e Sudeste, até que a Petrobras consiga retomar o transporte do combustível na Bolívia. Segundo o plano, haverá uma redução de 72% das entregas a usinas térmicas. A estatal vai diminuir em 51% seu consumo próprio em refinarias. Já as distribuidoras estaduais passam a receber até 12% a menos.

 

 A tendência, em todos os Estados, é que o racionamento atinja principalmente indústrias que possam usar outros combustíveis. O governo do Rio de Janeiro, por exemplo, definiu que os mercados residencial e veicular não podem ser afetados. O Estado de São Paulo terá um corte de cerca de 1,5 milhão de metros cúbicos por dia e a expectativa é que a distribuidora estadual chame alguns de seus maiores clientes para negociar.

 

A informação é da
Agência Estado