Trabalhadores e estudantes prometem mais protestos na França

Dirigentes franceses disseram que os protestos contra o contrato de trabalho para jovens podem se ampliar, a não ser que o presidente Jacques Chirac apresente uma solução clara para a crise.

Chirac deve decidir na segunda-feira (10), em reunião com o primeiro-ministro Dominique de Villepin e membros do partido do governo, mudanças no projeto. O contrato tira a segurança no emprego dos jovens. Os dirigentes sindicais disseram que vão se reunir para decidir suas próximas ações. "Se a mensagem não estiver clara, a ordem do dia será nova ação antes de 1° de maio", disse Annick Coupe, representante nacional do sindicato Solidaires. A popularidade de Villepin desabou. Uma pesquisa divulgada pelo jornal Le Parisien indica que 86 por cento dos franceses consideram que Villepin ficou enfraquecido.
A mesma pesquisa aponta como grandes vencedores as organizações estudantis e o movimento sindical. "Não sabemos o que pode acontecer daqui para frente, mas não queremos mais ouvir falar do contrato”, disse ao Le Journal du Dimanche Jean-Claude Mailly, líder da central sindical Force Ouvrière. Os estudantes também planejam novos protestos para a terça-feira.  A lei, popularizada com o nome "fácil admitir, fácil demitir", permite a empresas que demitam trabalhadores com menos de 26 anos sem dar qualquer razão durante o período de experiência, de dois anos.
Com agências