Emprego na indústria de SP cresce 0,29% em março
O emprego na indústria paulista subiu 0,29% em março sobre fevereiro, segundo dados sem ajuste sazonal divulgados pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Publicado 11/04/2006 13:43
No mês, foram abertas 6.038 vagas na indústria paulista, com destaque para os setores de Fabricação de coque, refino de petróleo, elaboração de combustíveis nucleares e produção de álcool (alta de 16,25%) e Fabricação de produtos de minerais não-metálicos (de 1,38%). No ano, o emprego industrial acumula alta de 0,93%, o equivalente à abertura de 19.540 postos. No mês passado, a Fiesp fez uma reformulação em seu índice, que deixou de apresentar a variação com ajuste sazonal.
O nível de emprego da indústria de São Paulo deve apresentar crescimento mais intenso em abril e maio, de acordo com previsão feita pelo diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini. A entidade espera para este mês e o próximo um crescimento acima de 0,5%. "Tudo depende do que vai acontecer com o Produto Interno Bruto (PIB) e com a atividade industrial", ponderou. Em março, o setor registrou crescimento de 0,29%, com a criação de 6,038 mil vagas de trabalho. A alta, comum para o período, não mostra, no entanto, vigor, na avaliação de Francini. "A arrancada no nível de atividade da indústria vista desde dezembro deverá se refletir no emprego a partir de abril. Por isso é que em março o emprego está mais abatido que o nível de atividade", afirmou.
A pesquisa divulgada hoje pela Fiesp mostra que embora alguns sindicatos relacionados ao setor de alimentos tenham apresentado queda na geração de empregos, como é o caso de congelados e supercongelados (-9,57%) e massas alimentícias (-5,91%), o setor em geral registrou alta de 1,11%. De acordo com Francini, os bens de consumo não duráveis, que inclui o setor de alimentos, tem apresentado crescimento. Para ele, com a entrada em vigor do novo salário mínimo é possível que a partir deste mês este movimento se acentue. A alta de 1,38% verificada no setor de minerais não metálicos no mês de março está, de acordo com a Fiesp, relacionada especialmente ao segmento de cimentos, por sua vez beneficiado pela atividade da construção civil.
Com agências