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Ideli demostra surpresa com mudança de opinião dos oposicionistas

A mudança de opinião da oposição, que quer adiar para a próxima semana a ida do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, ao Congresso, surpreende a senadora Ideli Salvatti (PT-SC). Ela avalia que a tática dos opos

O líder da Minoria, José Jorge (PFL-PE), afirmou que a Casa estará vazia por conta do feriado da Semana Santa. Enquanto governistas e oposicionistas adotam posições distintas, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), faz a mediação entre os dois lados para definir a data e o local da fala de Thomaz Bastos.

Para a senadora, "a decisão da oposição de manter dúvidas sobre Thomas Bastos – quando ele se dispôs a vir e vir o mais rápido possível – deve estar contaminada pelo resultado da pesquisa (de opinião)". "Eles estávamos com grande expectativa de que após o episódio da quebra do sigilo bancário do caseiro e da situação criada, isso afetasse a intenção de voto e também que houvesse subida significativa da candidatura do PSDB do ex-governador Geraldo Alckmin", afirmou.

A senadora desqualifica a campanha sistemática da oposição contra o governo, explicando que, além de não repercutir nos resultados da pesquisas eleitorais, "nós já detectamos, de forma clara, que a população já tomou enjôo do ataque permanente".

Peso das pesquisas

Para ela, os bons índices do presidente Lula nas pesquisas representa que "a população enxerga que mais importante ou tão importante quanto tudo isso é o que melhorou na sua vida", acrescentando que "as ações do governo Lula produziram efeitos positivos no cotidiano das pessoas, que conseguem emprego com mais facilidade, estão melhorando a renda e estão sendo incluídas através de programas sociais como o ProUni (Programa Universidade para Todos), ampliação da rede pública de ensino, Fundef (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério), Pronaf Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), empréstimo com desconto em folha, medidas que mudaram significativamente a vida das pessoas. É o que pesa nas pesquisas, mais que as denúncias", avalia.

Ideli Salvatti destaca ainda que "os que acusam tem passado e o passado os condena", para acrescentar, em seguida, que "o presente também condena". "Os que mais fazem escândalos para denunciar "mensalão" estão envolvidos no escândalo da Nossa Caixa, em São Paulo, que nada mais é que mensalidade paga aos deputados estaduais para votar projetos de interesses do governo do PSDB e agora do PFL, lembra, enumerando as outras denúncias que envolvem o candidato tucano à Presidência da República: os escândalos dos vestidos doados à mulher e a sociedade da filha de Geraldo Alckmin com o acunputurista, que levou milhões em publicidade.

Em defesa de Thomaz Bastos

A senadora petista defende o ministro da Justiça, classificando as ações e atitudes como "coerentes, corretas, legítimas e adequadas ao cargo", para acrescentar que "a disposição de vir (ao Congresso) é demonstração inequívoca de que não teme nada".

Ideli é enfática ao dizer que "não vamos permitir que ele vá para CPI dos Bingos e que eles tenham bom senso de começar a investigar os bingos". Para ela, o espaço onde ele falará, no plenário ou comissão de fiscalização das duas casas – não importa o espaço, o importante é que fique claro que ele cumpriu seu papel no processo de investigação, determinando o inquérito, com acompanhamento do Ministério Público, e as investigações produziram resultado.

Ela também afasta a hipótese dele sair do cargo a exemplo do que ocorreu com o ex-ministro da Fazenda, Antônio Palocci . "A oposição acredita nisso, auxiliada por coisas erradas e equivocadas", diz, admitindo que "pessoas e aliados do PT contribuíram com a tática da oposição, de esticar a crise, esperando que alguém cometa erros". Para ela, no caso de Thomaz Bastos, "ele está embasada, não tem filiação partidária, é da área jurídica reconhecida por todos que acompanham sua trajetória como pessoa séria e competente".

De Brasília

Márcia Xavier