EUA proíbem negócios com Autoridade Palestina

O governo dos Estados Unidos impediu norte-americanos de realizarem negócios com a Autoridade Palestina, controlada pelo Hamas, advertindo que infratores podem sofrer sanções, de acordo com um documento do Tesouro norte-americano. O primeiro

O governo dos Estados Unidos proibiu cidadãos americanos de fazer negócios com o movimento Hamas, que controla a Autoridade Palestina.

A informação foi dada por um funcionário do Departamento do Tesouro americano à BBC.

A decisão torna a Autoridade Palestina sujeita aos mesmos vetos já em vigor no país, de que americanos façam negócios com organizações consideradas "entidades terroristas".

Pelos termos do memorando divulgado pelo Tesouro, "acordos comerciais feitos por americanos com a Autoridade Palestina estão proibidos, a não ser que tenham sido previamente autorizados".

Sem verbas

Os Estados Unidos e a União Européia cortaram verbas que destinavam à Autoridade Palestina, quando o Hamas assumiu o poder em 30 de março.

O governo americano estendeu, no entanto, a permissão para que a Organização para a Libertação da Palestina continue com uma representação em Washington por mais seis meses.

De acordo com os Estados Unidos, o escritório da OLP em Washington "permanece sendo uma eficaz forma de comunicação com o presidente palestino Mahmoud Abbas”.

Hamas garante que EUA não os tiram do poder

O primeiro-ministro palestino, Ismail Haniyeh, garantiu nesta sexta que as pressões financeiras lideradas pelos EUA não vão tirar o Hamas do governo. Haniyeh disse que o povo está disposto a fazer sacrifícios pela sua soberania. "Nós comeremos óleo de cozinha e azeitonas", afirmou Haniyeh.

As declarações foram feitas em Jabalya, maior campo de refugiados da Faixa de Gaza.

O primeiro-ministro disse que o atual governo ficará no poder por quatro anos, apesar da "aliança perversa" liderada pelos EUA.

Milhares de palestinos saíram às ruas de cidades de Gaza e da Cisjordânia para demonstrar apoio ao governo.

Ao mesmo tempo, Israel suspendeu os cerca de US$ 50 milhões mensais em impostos coletados e repassados ao governo palestino. O Hamas não tem verba para pagar os 140 mil funcionários públicos da Autoridade Palestina. O dinheiro do funcionalismo tem grande importância para a economia palestina. Os salários desses funcionários já estão atrasados e a população civil será a principal prejudicada pelo boicote dos EUA e da União Européia ao governo palestino, eleito democraticamente.

Outro problema para o Hamas são as dívidas do país. Segundo o primeiro-ministro Haniyeh, os palestinos devem cerca de US$ 700 milhões.

Irã pede que todos países islâmicos auxiliem palestinos

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, pediu que todas as nações islâmicas apóiem o povo palestino e o novo governo palestino, comandado pelo Hamas.
O pronunciamento do aiatolá foi feito durante uma conferência internacional em solidariedade aos palestinos, em Teerã, a capital iraniana.

Khamenei acrescentou que todos muçulmanos têm o dever de prestar ajuda.

De acordo com o líder supremo iraniano, o mundo islâmico compartilha da dor e do sofrimento do povo palestino.

Representantes do governo palestino estão participando da conferência, que deve durar três dias.

Da redação
com informações das agências