Mestranda emociona platéia com a saga do gaúchos no Araguaia
Publicado 15/04/2006 19:27
Com o título “Caminhos Cruzados: trajetória e desaparecimento de quatro guerrilheiros gaúchos no Araguaia”, Deusa buscou conhecer a vida destes militantes do PCdoB, traçando a biografia, principalmente da militância política e clandestinidade dos mesmos, situadas no momento histórico da guerrilha.
A escolha da data para a apresentação do trabalho não foi à toa, 12 de abril – de 1972 data do primeiro ataque das Forças Armadas aos destacamentos dos guerrilheiros na região do Araguaia. A mestranda ressaltou ainda a dívida que São Leopoldo tinha com o tema, já que um dos guerrilheiros Juca, o João Carlos Hass Sobrinho, nasceu e viveu boa parte de sua breve vida na cidade.
Com sala lotada, a apresentação contou com uma platéia de ilustres, militantes e ex-militantes do PCdoB, familiares e amigos dos guerrilheiros prestigiaram a defesa do trabalho. Entre eles, estavam a Deputada Estadual Jussara Cony, José Ouriques de Freitas, Nelson Sales, Vilson Pinto ex-dirigente do PCdoB na década de 60, Gregório Mendonça ex-militante do PCdoB, MR-26, e guerrilheiro da VPR e da Guerrilha do Caparaó, entre outros. Os familiares presentes foram Tânia e Sônia Hass, irmãs de João Carlos Hass Sobrinho, Lino Brum Filho e Cid Brum, respectivamente irmão e primo de Cilon Cunha Brum e um familiar de Paulo Mendes Rodrigues.
José Freitas, da direção estadual do PCdoB conviveu com o “Bronca” – José Huberto Bronca – e falou da importância do trabalho, “parece que a participação dos gaúchos foi pequena, mas não foi, tinham importância e se formaram como dirigentes do Partido”.
Deusa emocionou os presentes em sua defesa “a sensação de fazer esse trabalho é de ter colaborado com um tema que tem muita resistência na academia e ainda é muito insipiente. Creio que contribuí para resgatar uma parte recente da história do país na cidade onde nasceu um dos guerrilheiros, João Carlos Haas Sobrinho”.
Mestre em história, Deusa Maria de Sousa procura agora uma editora para a publicação do trabalho e torná-lo público a todo o Brasil.
De São Leopoldo
Cristina Ely