Ajuda de emergência: Liga árabe pagará servidores palestinos

A liga Árabe, composta por 22 países, coletou US$ 70 milhões para os palestinos e vai pagar os salários dos servidores da Autoridade Palestina diretamente em suas contas bancárias. O anúncio foi feito por um porta-voz do governo palestino, fo

“Tivemos um intenso contato com a Liga Árabe e seu secretário-geral, Amr Mussa, para achar tão rápido quanto possível a solução para a crise financeira”, agregou ele. O porta-voz não pôde dizer quando o dinheiro será depositado.
O dinheiro coletado entre os 22 países-membros só cobre uma fração das necessidades do governo, que desde a vitória do Hamas nas eleições de 25 de janeiro vem sendo submetido a um bloqueio por parte de Israel, com apoio dos EUA. As necessidades para pagar os 160 mil funcionários em março e abril sobem a US$ 240 milhões.

O bloqueio americano-israelense

Os bancos foram reticentes em fazer as transferências, temendo sanções por parte dos EUA. A administração norte-americana, assim como a União Européia, classificou o Hamas como uma organização terrorista e se recusa a tratar com o governo palestino formado por esta organização de resistência.
A França, depois de conversações em Paris com o presidente palestino Mahmoud Abbas, propôs que o Banco Mundial crie uma conta especial para concentrar a ajuda externa aos palestinos e pagar os servidores civis. Abbas, que é da corrente majoritária na organização Fatá, é visto no Ocidente como um líder moderado.
A União Européia, que já foi a maior fonte de ajuda aos palestinos, suspendeu assim como os EUA toda ajuda direta ao governo da Autoridade Palestina. A alegação é a negativa do Hamas em renunciar à violência e reconhecer o direito à existência de Israel.
O Estado de Israel, por sua vez, parou de transferir os impostos que coleta entre os palestinos da Cisjordânia e da faixa de Gaza. Esta soma, repassada normalmente até a formação do novo governo, é de US$ 50 milhões por mês.

Hamas reafirma sua posição

O Hamas – um movimento de base religiosa, que promoveu a maior parte dos ataques suicidas em Israel desde o início da Intifada –, reforçou a trégua do ano passado e venceu por ampla margem as eleições de janeiro.
Khaled Meshaal, dirigente do Birô Político do Hamas, insiste que Israel deve se retirar dos territórios ocupados em 1967, inclusive Jerusalém Oriental, como condição para que o movimento reconheça o Estado judeu. Ele disse também que deseja ver Israel permitir o retorno dos refugiados palestinos das guerras de 1948 e 1967, libertar todos os prisioneiros palestinos e desmantelar o Muro do Apartheid assim como as colônias judias.
Com o site da
TV Al Jazira