Eleição presidencial no Tchade em meio a grande tensão

Idriss Deby, presidente em fim de mandato no Tchade, não deverá ter grandes dificuldades para vencer as eleições presidenciais desta quarta-feira. Apesar da do boicote da oposição, ele deve ter seu mandado renovado por m

5,8 milhões de tchadianos, de um total de 8,8 milhões de habitantes, estão aptos a exercer o direito de eleger o presidente, em meio a grande tensão. Idriss Deby, que tomou o poder em 1990 por meio de um golpe de estado, é contestado internamente e a nível internacional pela utilização que faz dos recursos de petróleo do país.

Deby, de 54 anos, alterou no ano passado a Constituição, se utilizando de um referendo que foi boicotado pela oposição, para poder candidatar-se a um terceiro mandato de cinco anos.

Kamougue Abderkoder, líder da União para a Mudança e Democracia, explica que não participa nestas eleições porque "o presidente fez tudo para ganhar sem qualquer esforço e a isso já não se pode chamar eleições".

Estas são as terceiras eleições no país após a independência da França, em 1960, tendo as primeiras ocorrido em 1996, seis anos depois do actual chefe de Estado ter derrubado Hissén Habré por meio de um golpe de Estado.

Os rebeldes da Frente Unida para a Mudança, que lideraram uma tentativa de golpe no mês passado, já ameaçaram fazer "qualquer coisa" para impedir que as eleições se realizem com normalidade, o que levou mais de dez mil militares às ruas das cidades do país hoje.

Com informações da Prensa Latina e EuroNews