Diretor da CIA se demite sem dar explicação
O diretor da CIA, Porter Goss, renunciou ao cargo repentinamente nesta sexta-feira (5), depois de menos de dois anos comandando a agência de inteligência norte-americana. O presidente George W. Bush aceitou a renúncia, mesmo agradecendo
Publicado 05/05/2006 17:29
A famosa agência americana de espionagem tem passado por uma fase crítica desde os atentados do 11 de Setembro. Suas informações sobre a existência de artefatos de destruição em massa no Iraque se revelaram inverdadeiras. Foi acusada de prisões secretas na Europa e de realizar vôos secretos transportando pessoas ilegalmente presas sob acusação de terrorismo. A CIA foi duramente interpelada no Congresso e seu comando passou por transformações.
A demissão de Gross é a última dessas mudanças. Sua própria nomeação, em setembro de 2004, também foi vista como parte do esforço de reforma.
O ex-diretor saiu descrevendo a CIA como "um barco tranquilo, velejando bem" e que “navega a todo vapor”. Afirmou também que “a agência recuperou o passo firme”.
Bush, que compareceu à coletiva de imprensa ao lado do diretor renunciante, disse que "tivemos uma relação estreita", destacou a "integridade" e o "profissionalismo" de Gross, dizendo que ele teria contribuido “para tornar este país mais seguro”.
Com agências