Justiça italiana condena colaborador de Berlusconi

A Corte Suprema italiana confirmou definitivamente a condenação por corrupção do deputado Cesare Previti, ex-ministro da Defesa e colaborador do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, pelo processo conhecido como Imi-Sir,

O Supremo ditou a sentença ontem à noite, após uma sessão de mais de treze horas, na qual também decidiu um novo julgamento pelo "laudo Mondadori", caso no qual Previti tinha sido absolvido em apelação pelo crime de corrupção.

Aos 71 anos, o ex-titular de Defesa no primeiro e breve gabinete de Berlusconi, em 1994, poderia cumprir a pena em prisão domiciliar.

A sentença pelo caso Imi-Sir diz que Previti, ex-advogado pessoal de Berlusconi, comprovadamente corrompeu o juiz Vittorio Meta no início dos anos 90. O Supremo confirmou a sentença de seis anos de prisão para o juiz.

O objetivo era que a Sociedade Italiana de Resinas (Sir), dos herdeiros do "rei da química" nos anos 60, Nino Rovelli, fosse favorecida com uma indenização milionária em uma disputa judicial com o banco público Imi.

A máxima Corte decidiu absolver o juiz Renato Squillante, condenado em apelação a cinco anos de prisão por ter recebido 68.000 euros para pôr os Rovelli em contato com pessoas próximas ao caso Imi.

O Supremo considerou que o dinheiro recebido por Squillante não foi fruto de um ato de corrupção, mas "uma tentativa de intermediação entre particulares", que, embora seja "execrável", não constitui crime.

Com agências internacionais