Governo anuncia pacote de R$ 60 bilhões à agricultura

O ministro Roberto Rodrigues (Agricultura) anunciou um pacote de crédito de R$ 60 bilhões para a agropecuária, sendo R$ 50 bilhões para a agropecuária comercial e R$ 10 bilhões para a agricultura familiar.

Rodrigues  afirmou que as medidas foram tomadas devido à "grande crise" enfrentada pela agricultura devido a "uma combinação inédita de fatores" — entre eles, a queda do dólar e problemas climáticos. O plano de safra 2006/07 terá um acréscimo de 12,5% sobre o valor programado para a safra passada, sendo 13% maior no caso da agricultura comercial e cerca de 11% para a familiar. O ministro afirmou que o plano inclui não só a ampliação do crédito disponível aos agricultores mas também a redução das taxas de juros cobradas. Os recursos destinados ao custeio e comercialização da agricultura comercial somarão R$ 41,4 bilhões, montante 25% superior ao da safra 2005/06. O maior volume de recursos ofertados (R$ 30,1 bilhões) terá taxas de juros controladas de 8,75%. O restante inclui juros definidos pelo mercado. O crédito para investimento, no entanto, será de R$ 8,6 bilhões, menor que na safra anterior.

As taxas de juros cobradas para investimentos serão reduzidas para três linhas de crédito: Finame Agrícola Especial (de 13,95% para 12,35%), Prodecoop (de 10,75% para 8,75%) e Moderfrota (as novas taxas variam de acordo com a renda do produtor). No Moderfrota, a linha de crédito passará a estar disponível para a compra de máquinas usadas, e não apenas máquinas novas como acontece hoje. Entre as medidas emergenciais, o ministro anunciou a prorrogação por quatro anos para a quitação de créditos de custeio da safra 2005/06. No caso da soja, serão prorrogadas 50% das dívidas que vencem neste ano no caso de produtores do Sul e Sudeste e até 80% nas demais regiões. Também haverá prorrogações das parcelas de dívidas de produtores de arroz (40%), algodão (30%) e milho (20%). O restante poderá ser renegociado caso a caso.

Com agências