Servidores federais de Minas aderem à paralisação de advertência

Postos de saúde, hospitais, delegacias regionais do trabalho e agências de atendimento do INSS fecharão as portas nesta terça, quarta e quinta-feira, em Belo Horizonte e boa parte dos municípios mineiros. A paralisação de

O SINTSPREV-MG alega que a criação do plano de carreira para os servidores foi um compromisso assumido pelo governo desde o ano passado, mas que acabou ficando sem definição. O problema é que o prazo estipulado pelo governo para apresentar o projeto está próximo de se esgotar, pois o mesmo deverá ser votado pelo Congresso Nacional até o dia 30 de junho. Além disso, a proposta terá de ser encaminhada a todos os estados para que seja aprovada pela categoria em assembléias.

A paralisação de advertência, com duração de 72 horas, se espalhará por todo o país, atingindo instituições onde os servidores federais prestam atendimento. Depois do protesto, caso o governo não apresente o texto do plano de carreiras à categoria, a Plenária Nacional da Fenaps – entidade que representa os servidores em âmbito nacional – poderá deliberar pelo indicativo de greve na Seguridade Social, por tempo indeterminado.

De acordo com o SINTSPREV-MG, a categoria não concordou com o reajuste de 0,1% oferecido pelo governo federal. O sindicato alega, ainda, que o concurso público realizado com o intuito de preencher vagas não surtiu o efeito desejado e continua havendo carência de servidores nos locais de trabalho. Maria Helena da Silva, diretora do SINTISPREV-MG, disse que a paralisação servirá também para alertar o governo em relação à dívida a ser quitada com a categoria, que venceu ação judicial, mas ainda não recebeu o valor acordado em juízo.

“A paralisação é uma advertência ao governo, pelo não cumprimento ao acordo de greve. Temos um acordo firmado com o governo, que tem prazo até amanhã (terça-feira) para apresentar a proposta do plano de carreira. Além disso, precisamos de uma definição quanto ao pagamento de um passivo trabalhista, denominado 47.11, cuja primeira parcela deveria ter sido quitada em março deste ano”, informou.

Maria Helena disse que a falta de definição do governo preocupa a categoria, pois a partir de 30 de junho estará proibida por lei qualquer medida tomada nesse sentido, em função das eleições de outubro de 2006. A diretora avisa que haverá participação maciça dos servidores, em todo o estado. “Temos uma mobilização boa, em várias cidades já foi confirmada a paralisação, como Pouso Alegre, Juiz de Fora, Três Corações, São Lourenço, Curvelo, Ponte Nova, entre outras”, acrescentou.
 
Fonte: Portal Uai