Seminário e Congresso da UJS comemoram 120 anos da iniciativa de Bolívar

As atividades que ocorrerão no Brasil entre os dias 12 a 18 de junho serão parte de uma importante iniciativa de integração. No dia 22 de junho completam-se os 120 anos do Congresso Anfictiônico do Panamá, inici

Para celebrar este aniversário, diversas atividades estarão ocorrendo em toda América Latina. Em Brasília, o seminário da União da Juventude Socialista (UJS) será uma das contribuições das organizações da Federação Mundial das Juventudes Democráticas (FMJD) na região para uma jornada que mobilizará todo o continente.

O seminário de Brasília busca refletir sobre como a guerra e a luta pela paz se relacionam com a vida dos jovens, a hipocrisia do imperialismo na justificativa de suas guerras e o caráter daninho de sua política unilateral. A juventude sempre é uma das principais vítimas de qualquer guerra, direta e indiretamente. E o discurso que justifica a guerra não cala as milhares de mortes, danos ambientais, violação sistemática dos direitos humanos.

A América Latina enfrentou durante décadas o látego do imperialismo, que tantas invasões e bases instalou para fazer valer seus interesses. Para compor o painel de debate sobre a Guerra e a luta da juventude pela Paz, estarão a dputada Socorro Gomes, pesidente do Cebrapaz, apresentando o informe do Conselho Mundial da Paz que recentemente se reuniu no Brasil, e também a Juventude Comunista (Juco) da Colômbia, que vive diariamente as conseqüências de uma guerra promovida pela oligarquia do tráfico e pela ingerência estadunidense contra o povo e a insurgência. A organização prestará seu depoimento que, apesar do governo de ultradireita do presidente Álvaro Uribe, cresce e se fortalece.
Da Venezuela, estará presente o major Alexander Herrera, um dos militares que foi fiel ao povo e à constituição, defendendo a democracia e derrotando o golpe contra o presidente e líder da Revolução Bolivariana Hugo Chávez orquestrado em 2002. Também a União de Jovens Comunistas de Cuba (UJC) virá participar do Seminário, para falar da coragem e criatividade do povo cubano que há mais de 40 anos enfrenta todo tipo de guerra e agressão promovida pelos Estados Unidos. Terá destaque especial a injusta prisão dos cinco patriotas cubanos, que há mais de vinte anos estão presos nos EUA acusados hipocritamente de terrorismo.

Direitos da juventude
O outro ponto importante do evento será a troca de experiências da juventude em sua luta contra o neoliberalismo. O padrão de acumulação capitalista hegemônico ameaça os direitos da juventude e teremos uma oportunidade única de debater os efeitos destas políticas sobre os jovens. Participarão deste debate Giovani Barrueta, secretário geral da FMJD, o Observatório Ibero-Americano da Juventude e o Centro de Estudos e Memória da Juventude (CEMJ).

Como a luta não se faz só de resistências mas também de conquistas, a idéia é conhecer como nos países onde tem avançado a participação da juventude e do povo desenvolvem-se políticas públicas de juventude que enfrentam as mazelas do capitalismo e ao mesmo tempo fortalecem a participação e o poder dos jovens na sociedade.

Espera-se uma grande presença da irmã República Bolivariana da Venezuela, com a Juventude V República e a Juventude Comunista da Venezuela (JCV), além do Instituto Nacional de Juventude. Do Cone Sul também destaca-se a presença da Federação Juvenil Comunista Argentina, da Juventude Libres del Sur (do Uruguai) e da Juventude Comunista Paraguaia (JCP) do Paraguai.

E o Brasil?
Aproveitando a presença das organizações, foi montado um programa que permitirá aos participantes terem contato com os debates mais importantes no Brasil, com a presença de juventudes políticas – UJS, PSB, JR-8, PDT, PCB, PT, UJC, MJT, JPMDB, JPDT,  Avançando – , os movimentos sociais  – CUT, UNE, MST, UBES, CONAM, MMM, FDIM, CGTB, ANPG – , os partidos que compõem o núcleo da frente que levou Lula à presidência e que debaterão a política exterior brasileira; além de parlamentares (destaque para a Comissão de Relações Exteriores, a Presidência da Câmara e líderes partidários) e o Executivo.
O objetivo destes debates é dar uma clara visão sobre o que ocorre no nosso país, o debate com os mais importantes atores da sociedade, em especial as forças da mudança, permitindo também que os delegados internacionais possam questionar e esclarecer suas dúvidas e impressões com os protagonistas.
Sobre a participação
O Seminário terá um público de cerca de 100 pessoas, a maioria das quais organizações da Federação, brasileiras e estrangeiras, e organizações nacionais convidadas, além das personalidades convidadas. É um espaço que a partir da Federação procura debater com outros setores e sobretudo refletir em conjunto, sem pretensão de deliberação, mas de maior debate e compartilhamento de pontos de vista. Deve ensejar também uma publicação que reproduza as principais questões.

Países que já confirmaram presença:

Argentina; Colômbia; Cuba; Paraguai; Uruguai; Venezuela; El Salvador; Canadá; Argélia; Angola; Cabo Verde; Síria; Zambia; Marrocos; Senegal; Portugal, Grécia, Chipre, França.