Iraquianos fogem de repressão norte-americana

Várias famílias iraquianas continuam fugindo de Ramadi, capital da tumultuada província de Al-Anbar, a oeste de Bagdá, pelo medo de que as tropas norte-americanas lancem uma ampla ofensiva contra a cidade.

Segundo a Organização do Crescente Vermelho do Iraque em Faluja, esta cidade recebeu mais de 5 mil famílias procedentes de Ramadi nos últimos dias. O temor de uma grande ofensiva repressiva contra a resistência da cidade aumentou depois da notícia da transferência de aproximadamente 1.500 soldados norte-americanos provenientes do Kuwait para a província de Al-Anbar. Os habitantes de Ramadi, considerada o coração da resistência árabe sunita do Iraque, têm abandonado suas casas, fugindo em todas as direções sob um calor que pode chegar aos 50 graus centígrados.

Os moradores fogem do terror imperialista que ameaça impedir manifestações contra a morte a Abu Musab al-Zarqawi  O primeiro-ministro do Iraque, Nouri al-Maliki, anunciou um “plano de segurança” em Bagdá e em algumas províncias vizinhas para acabar com os focos da resistência, o que também foi interpretado como um "aviso" de ofensiva contra Ramadi. Nos meses de novembro e dezembro do ano passado, às vésperas das eleições parlamentares iraquianas, a cidade foi alvo de várias operações militares para "limpá-la" de resistentes, como afirmaram representantes do Exército norte-americano na época. Desde então, centenas de famílias fugiram de Ramadi.

Com agências