Produção industrial chinesa sobe 17,9%; gabinete quer freio

A produção industrial da China cresceu 17,9% em maio sobre igual mês de 2005, o ritmo mais forte em dois anos, informou a Agência Nacional de Estatísticas. A produção no setor automotivo subiu 51,7% ante maio do ano passado e a atividade na indústria side

O Produto Interno Bruto da China pode chegar aos US$ 4 trilhões até 2020, afirmou o vice-presidente do Comitê Estatal de Desenvolvimento e Reformas da China, Peng Sen. "O PIB per capita será, neste caso, de US$ 3.000", disse Peng no 10º Fórum Econômico Mundial de São Petersburgo, segundo a agência russa Interfax. Graças à decolagem econômica, "nos próximos 15 anos, a China centrará seus esforços na construção de uma sociedade de prosperidade média", especificou o representante do Governo chinês. Participam dos trabalhos do 10º Fórum Econômico de São Petersburgo mais de 3.000 representantes dos governos e de empresas privadas de 51 países, assim como de organizações como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI).


 O governo chinês quer arrefecer o crédito e a expansão de investimentos, além de corrigir desequilíbrios na economia. Em um relatório publicado no site do governo central, o gabinete afirmou: "Os principais problemas nas atuais operações da economia são o crescimento excessivo nos investimentos de ativos fixos, a disparada no aumento do crédito e, principalmente, os desequilíbrios estruturais."  "Vamos confiar essencialmente em medidas baseadas no mercado, com metas, para resolver os atuais problemas econômicos em destaque", disse o documento. O gabinete declarou ainda que usaria medidas como o controle de crédito e a oferta de terrenos para conter os investimentos em ativos fixos, além de aumentar as importações de artigos de alta tecnologia para ajudar a equilibrar o comércio.
Tecnologia

O Conselho de Estado pediu a outras agências do governo que limitem com rigor as permissões para novos projetos em setores que já operam acima da capacidade e cobrou organismos governamentais para que "implementem estritamente" uma série de medidas estabelecidas no mês passado com o objetivo de arrefecer as especulações no setor imobiliário. Os anúncios do Conselho de Estado normalmente sinalizam uma direção básica da política, mas precisam ser ratificados por medidas específicas, introduzidas por outros ministérios. Pequim está prestes a reorientar sua economia para que dependa menos de investimentos e exportações e mais do consumo pessoal. Assim, o país seria menos vulnerável a choques externos e conflitos comerciais.

 O banco central chinês também estimulou os bancos comerciais a redobrar os esforços para controlar o crescimento excessivo do crédito e, especialmente, para conter os empréstimos a setores que operam acima da capacidade. O anúncio veio pouco depois de dados oficiais ilustrarem a fenomenal taxa de crescimento e os perigos da inflação na China. As importações de tecnologia cresceram 57,2% entre janeiro e maio de 2006. O país comprou US$ 11,1 bilhões do exterior. De acordo com o Ministério do Comércio chinês, 83,2% desse valor vêm do Japão, dos Estados Unidos e da União Européia, que responde pela maior parte: 42,1%.  As empresas estatais chinesas compraram 52,5% do total importado, enquanto empresas estrangeiras que operam na China encomendaram 42,2% do montante.

Com agências