Sindicato dos metalúrgicos de Caxias faz mobilizações de dissídio nas portas de fábrica
O Sindicato iniciou processo de mobilizações nas portas de fábrica em busca de uma melhor proposta do patronal para o índice de dissídio. Nesta segunda a entidade realizou assembléias em frente as empresas Marcopolo Ana Rech e Planalt
Publicado 03/07/2006 22:53 | Editado 04/03/2020 17:12
A mobilização se intensificou depois que os trabalhadores rejeitaram a proposta patronal de 3,2% de reajuste na assembléia geral do dia 24. Na próxima quarta-feira, dia 5, terá nova negociação.
Na mobilização em frente a porta da Fras-le, o presidente do Sindicato, Assis Melo, disse que a comissão de negociação do sindicato tem disposição para resolver o dissídio, e que a responsabilidade agora é dos patrões. “Eles (os patrões) querem que os trabalhadores cedam. Mas ceder o que? Só se for os direitos. Porque eles não evoluem em nada na proposta e não discutem as questões sociais”, sentenciou o presidente.
Na frente da empresa, de cima do caminhão de som, Assis Melo aconselhou os trabalhadores a fazerem a conta para ver se houve aumento real este ano. Disse ainda que, na realidade, pouco representa em valores o aumento proposto pelos empresários.“Faça a conta e veja o que dá para comprar. Veja se é possível comprar uma caixa de leite”, sugeriu Assis Melo. “E o próximo aumento será só no ano que vem”, lembrou.
Já o vice-presidente, Leandro Velho, destacou que a Fras-le tem grande propaganda sobre responsabilidade social, mas não discute a estabilidade para os trabalhadores acidentados. “Essa empresa mostra orgulhosa os diplomas de qualidade, e no entanto, demitiu um trabalhador que perdeu um braço em um acidente de trabalho aqui dentro da empresa. Agora, com apenas 49 anos, ele está desempregado e não consegue se aposentar. Isso é responsabilidade?”, questionou.
No sábado, dia 8, as 9h30 da manhã, haverá mais uma asembléia geral da categoria no Sindicato. A pauta é avaliação do andamento do disídio e, caso tenha, nova proposta patronal. O Sindicato reivindica índice de 10%.
Metalúrgicos e metalúrgicas não esqueçam sábado, dia 8, às 9h30, ASSEMBLÉIA GERAL, no Sindicato.
Marcia Carvalho
Assesoria
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