Americanos admitem que resistência aumentou após morte de Zarqawi

O embaixador americano no Iraque, Zalmay Khalizad, admitiu nesta segunda-feira que a recente morte de Abu Musab al-Zarqawi, líder da suposta rede terrorista al-Qaida, não teve qualquer impacto nos níveis de violência no país. Zarqawi mor

Em entrevista à emissora britânica de rádio BBC, Khalizad disse também que a situação no Iraque "se tornou mais difícil do que o previsto", depois da invasão e derrubada do governo de Saddam Hussein, em 2003. Em uma mensagem ao Departamento de Estado vazada no mês passado, Khalizad afirmou que a situação está se deteriorando no Iraque e que a tensão está aumentando no país.

Em uma tentativa de cooptar grupos da resistência sunita, o governo do primeiro-ministro iraquiano Nouri Maliki anunciou uma série de medidas que não surtiram efeito. As medidas foram impostas poucos dias depois do assassinato de Zarqawi.

Britânicos sinalizam saída

Antony Blair, primeiro-ministro do Reino Unido, considerou nesta terça-feira que uma grande quantidade de soldados do seu país poderia abandonar o Iraque em um ano e meio.

"Acho que nos próximos 18 meses haverá, obviamente, oportunidades para reduzir de forma significativa o número de militares britânicos, porque aumentará a capacidade das forças iraquianas", afirmou Blair.

Diante do denominado "Comitê de Enlace", formado pelos presidentes de todos os comitês da Câmara dos Comuns, Blair reiterou, no entanto, que as tropas britânicas continuarão no Iraque o tempo "que o governo de Bagdá desejar". O Reino Unido mantém no Iraque cerca de 8 mil soldados, a maioria em Basra.