Recursos do FGTS poderão financiar projetos

O presidente da Associação Brasileira e de Infra-Estrutura e Indústrias de Base (Abdib), Paulo Godoy, e o ministro do Trabalho, Luis Marinho, estiveram reunidos em Brasília, para debater a possibilidade de utilizar parte dos recursos d

Em vez de aplicado em títulos públicos, o dinheiro do FGTS disponível seria investido em fundos de participação cujo objetivo será financiar empreendimentos de energia, estradas e saneamento, entre outros. O "fundo FGTS para a infra-estrutura" deve iniciar com patrimônio de R$ 5 bilhões, volume atualmente aplicado em títulos da dívida pública, e atrair ainda recursos de bancos de fomento e de investidores privados. "Apoiamos a idéia, que vai ao encontro de tudo que temos buscado para o setor", disse Paulo Godoy, presidente da Abdib.

Diante da falta de opções com custos mais baratos para financiar a infra-estrutura, diversas alternativas estão sendo estruturadas. Na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), por exemplo, já foram criados, este ano, alguns fundos com essa finalidade. Os mais recentes são o Logística Brasil, com patrimônio de R$ 500 milhões, e o AG Angra Infra-estrutura, de R$ 750 milhões.

O investimento em infra-estrutura por meio de fundos de participação, conhecidos com o FIP, é uma alternativa voltada principalmente para aplicadores que não querem envolver-se diretamente com o gerenciamento do empreendimento. Assim, eles compram cotas dos FIP, cujo gestor, privado, é responsável pela escolha da carteira de projetos onde o dinheiro será aplicado e pela rentabilidade.A proposta, da Abdib, foi aceita, votada e aprovada na MP 281, hoje lei 11.312/2006, e publicada no Diário Oficial da União no dia 28 de junho.

 

Com agências