PMDB-2: Temer declara apoio pessoal a Alckmin

Temer revelou ter mantido encontro com Alckmin em sua casa, no sábado. Segundo ele, os dois discutiram propostas do PMDB para um possível governo tucano-pefelista. O plano de Temer agora é promover encontros do presidenciável tucano com lideranças históricas do PMDB, em busca de apoios.

Mas a principal preocupação do presidente da sigla nesta terça-feira era desmentir que o PMDB em peso esteja na campanha pela reeleição. ” A idéia de que o PMDB inteiro está apoiando a reeleição de Lula não é verdadeira. Boa parte dos nossos companheiros apóiam outro candidato ou estão deixando o palanque aberto ” , disse Temer à imprensa.

Entre os principais expoentes do peemedebismo pró-Alckmin estão os ex-governadores Jarbas Vasconcelos (PE) e Joaquim Roriz (DF), que concorrem ao Senado, e o governador Luiz Henrique (SC), que tenta a releleição em coligação com o PSDB, por razões locais.

Os cálculos de Temer

Segundo as contas de Temer, o PMDB está coligado com partidos da base governista em nove estados (AP, AM, RR, PA, BA, CE, SE, PB e MG), mas ele ressalva que isso não significa apoio automático a Lula. O partido está coligado ao PSDB em sete estados, apoiando Alckmin (SC, PR, MS, PE, DF, RO e AC). Em nove estados (SP, RS, RJ, TO, GO, MT, PI, ES, RN), os diretórios pemedebistas deixaram a questão nacional em aberto.

Em São Paulo, o principal Estado “em aberto”, o presidente estadual da sigla, Orestes Quércia proclamou publicamente a neutralidade do PMDB-SP em relação à disputa presidencial. A decisão, porém, auxilia o campo de Lula, cujo principal objetivo imediato é levar para o segundo turno a disputa para governador. Nesta, o próprio Quércia e o senador Aloizio Mercadante (PT) disputam com o até agora favorito José Serra (PSDB). Mesmo assim, estão sendo montados comitês no Estado para fazer campanha da dobradinha Lula-Quércia.

Com agências