Cuba denuncia EUA por impedirem trégua por causa de petróleo

Um líder do Partido Comunista de Cuba qualificou os ataques israelenses no Líbano e na Palestina hoje como “um dos crimes contra a humanidade mais horríveis”, e denunciou a co-responsabilidade de Washington, que dificulta o cessar fogo “com o intuito d

Com o título “Um novo crime do imperialismo”, Fernando Remírez de Estenoz, integrante do recentemente reinstalado Secretariado do Comitê Central do PC cubano, analisou nesta segunda-feira (24/7) a crise desatada no Oriente Médio e a agressão de Israel, segundo vem denunciando Havana.


“Os massacres e agressões do estado de Israel contra os povos palestinos, libaneses e árabes em geral constituem um dos crimes contra a humanidade mais horríveis do século 20 e também do 21. E junto ao governo sionista, todas as administrações norte-americanas desde Truman até George W. Bush, foram responsáveis por esse crime”, disse Estenoz em sua nota, divulgada no jornal Granma.


Agora “a administração Bush impede o cessar fogo no Líbano e em Gaza, para dar tempo que as forças sionistas avancem em sua tarefa, que é continuar com os massacres e tentar a eliminação de qualquer resistência, e impor assim o projeto imperialista para o Oriente Médio, tendo o controle total do petróleo nessa região”, considerou.


Segundo Estenoz, a escalada de agressões ocorreu por causa do apoio político, militar, econômico e financeiro ilimitado e incondicional” de Wahington a Tel Aviv, cujo governo é “o maior receptor no mundo do dinheiro que os Estados Unidos distribuem entre seus “aliados”.


Estenoz criticou que a Casa Branca acuse de “terroristas” quem “defende sua pátria e suas famílias”.


“O imperialismo não apenas se sente com o direito de invadir e subjugar qualquer um, mas também pretende desqualificar quem resista, sejam marxistas, revolucionários, fiéis, muçulmanos ou simples patriotas”, afirmou.


Por último, a nota ponderou a “heróica resistência dos libaneses e palestinos” e considerou um dever “denunciar energicamente o crime” e “expressar a solidariedade mais ativa e militante com aqueles que lutam”.


Havana realizou na semana passada um ato de solidariedade com o Líbano e com a Palestina, enquanto o capítulo cubano da rede “Em defesa da Humanidade” chamou hoje intelectuais, artistas, ativistas e todas as pessoas honestas do planeta a denunciar a brutal agressão de Israel contra esses povos.