Palestinos convocam greve geral contra visita de Condoleezza

As organizações palestinas convocaram nesta segunda-feira (24/7) uma greve geral e manifestações nos territórios palestinos para protestar contra a visita da secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, na terça-feira em Ramalá (Cisjordânia).

''As forças islâmicas e nacionais decidiram, durante uma reunião realizada hoje, organizar uma greve geral em Ramalá para denunciar a visita de Condoleezza Rice'' que deve se reunir com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, afirmou Jalida Jarar, deputada da Frente Democrática de Libertação da Palestina (FDLP).


Os grupos palestinos querem protestar contra a posição da administração americana, ''que apóia a guerra de Israel contra o povo palestino'', acrescentou. Em Gaza, os grupos palestinos também pediram, em um comunicado, ''uma greve maciça e um dia de protestos populares''.


''Repudiamos a visita da secretária de Estado americana à região, cujos objetivos são claros'', ressaltam as Forças Nacionais Islâmicas em um comunicado. ''Os crimes, os massacres e o terror de Estado organizado que o governo israelense pratica são cometidos com o apoio e a luz verde americanos, para a continuação desta ampla agressão'', ressalta o texto.


Omar Assaf, membro de um comitê que coordena as ações conjuntas dos grupos políticos palestinos na Autoridade Nacional Palestina declarou que Condoleezza não é bemvinda. “Ela é responsável pelo assassinato de crianças no Líbano e em Gaza. Ela, sua administração, e suas políticas não são bemvindas aqui”, disse Assaf.


Assaf pediu aos comerciantes da Faixa de Gaza que fechem suas portas durante o protesto marcado para terça-feira (25/7)


Sami Abu Zuhri, um dos porta-vozes do Hamas, disse que o grupo “participará ativamente da greve”. “A visita de Condoleezza não é bemvinda”, disse. “Ela ocorre dentro do contexto de dominação americana, que quer reorganizar a região de acordo com os interesses dos israelenses”, comentou


Condoleezza viajou nesta segunda-feira para o Líbano, país vítima de mais uma agressão israelense desde o dia 12 de julho, e em seguida irá para Israel para se reunir com o primeiro-ministro, Ehud Olmert, e para os territórios palestinos para um encontro com Mahmud Abbas. Mais de 360 libaneses foram assassinados pela máquina de guerra sionista nos últimos 12 dias, sendo que 45% deles eram crianças.