Mantega prevê juro real de 5% no próximo governo

“Ao longo do próximo mandato é possível que a taxa real possa cair pela metade… caminhar para 5%”, declarou Mantega. Ele agregou porém que “isso não é previsão do que vai acontecer na próxima reunião do Copom [Comitê de Política Monetária, do Banco Central, que fixa a Selic] até porque não faço previsão de juros de curto prazo”. Mantega fez as observações em seminário promovido pela Amcham (Câmara de Comércio Americana) em São Paulo.

Relação crédito-PIB

Segundo o ministro, com uma taxa de juros menor a dívida pública brasileira, que ao final de junho era de 50,3% do PIB, deverá recuar para 44% até 2010. Mantega afirmou que a queda dos juros é resultado da melhoria dos fundamentos da economia brasileira.

O governo, segundo o ministro, trabalha para elevar a taxa de investimentos para que o PIB (Produto Interno Bruto) possa crescer mais do que 5% em 2007. Outro objetivo é aumentar o volume de crédito para 50% do PIB. Em junho, o total de empréstimos concedidos pelos bancos correspondia a 32,4% do PIB, ou R$ 658,9 bilhões.

No encontro, também esteve presente o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, que defendeu a manutenção da política cambial flutuante. Meirelles defendeu que o Brasil está menos vulnerável a crises externas e que isso daria previsibilidade para atrair maior volume de investimento na área produtiva. O ministro da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, participou igualmente do fórum.

Com agências