Funai defende gestão territorial para prevenir invasões de terras indígenas

A Fundação Nacional do Índio (Funai), uma das articuladoras da Operação Kayapó, defende a ampliação de um programa de gestão territorial para prevenir novos casos de grilagem, garimpo e desmatamento dentro de áreas demarcadas. A operação, desencadeada

 


“As idéias de gestão territorial surgiram há pelo menos dez anos”, explica o presidente da Funai, Mércio Pereira Gomes, em entrevista à Agência Brasil. “Elas significam a consciência de que demarcar terra não é tudo. Não termina o processo. É preciso que os índios conheçam claramente os limites do seu território. E eles têm que encontrar meios, com a Funai, ONGs (organizações não-governamentais), associações ou recursos de outros ministérios, para ter num primeiro momento uma participação de vigilância”.


 


“A gestão compreende algo mais também. Ter conhecimento das áreas de produção, extrativismo, de possibilidades econômicas e num nível mais sofisticado até monitoramento por satélite. Com o projeto Sivam [Sistema de Vigilância da Amazônia], por exemplo, deveríamos ser capazes de acessar imagens recentes sobre o que está acontecendo. É necessário recompor um sistema de vigilância com alta tecnologia”, defende Gomes.


 


Ele reconhece que ainda não existe um sistema claro para todas as grandes áreas indígenas da Amazônia para a questão de gestão territorial. “Temos alguns exemplos, mas não temos a totalidade, principalmente com monitoramento via satélite”, diz. Por isso, de acordo com o presidente da Funai, foi necessária a realização de uma operação com a Polícia Federal, força competente pela legislação para lidar com os índios brasileiros.


 


Fonte: Agência Brasil