Tarso Genro diz que oposição faz “factóide” sobre reforma política

O ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) rebateu hoje a oposição, que acusou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de criar um “factóide” ao propor uma Assembléia Constituinte para discutir a reforma política. O objetivo seria desviar o foco das

“Se fosse um factóide seria não do governo, porque as investigações a respeito da corrupção são do próprio governo. É o governo quem está fazendo uma limpeza do Estado Brasileiro”, disse.


 


O ministro salientou que a reforma política deve ser feita pelo Congresso que será eleito em outubro. E advertiu que o melhor é que a discussão se dê no primeiro semestre de 2006.


 


“Historicamente as reformas só são votadas no primeiro semestre, no início da Legislatura. Se não fizer, não sai”, disse.


 



Elogios à decisão da OAB 



 


Genro elogiou a decisão tomada hoje pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de criar um Fórum de Cidadania pela Reforma Política. “É uma idéia extremamente importante, porque coloca na pauta como prioridade a reforma política”.


 


“O fundamental é que a OAB coloca como pauta urgente a reforma política e institui um fórum pluripartidário para isso (reforma política). O governo vai naquilo que for chamado colaborar e impulsionar esse movimento”, afirmou Tarso Genro.


 


A posição do governo é, segundo Tarso Genro, que a reforma política não sairá “se não for uma forte demanda da sociedade sobre o governo, instituições e o Congresso”.


 


O governo, de acordo com o ministro de Relações Institucionais, dará toda a contribuição que for solicitada para que “os legisladores que estão trabalhando sobre o assunto tenham condições de implementá-la o mais breve possível”.


 


Apesar da decisão da OAB, tomada na manhã de hoje pela presidência da entidade, o ministro Tarso Genro afirmou que a idéia da criação da Constituinte da reforma política não está sepultada, “porque ela não foi proposta”.


 


“O que o governo manifestou é que se ocorresse um o movimento da sociedade, o governo seria o canal condutor para o Congresso tratar dessa questão. Mas é uma idéia que a sociedade pode continuar debatendo, tendo como rumo a reforma política”, destacou Tarso Genro.


 


A opinião de Genro foi corroborada nesta manhã pelo ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, em coletiva realizada em São Paulo, realizada após uma palestra. Para ele, o aspecto mais importante em torno dessa discussão é a necessidade da reforma política em si, e não sobre a maneira como ela seria realizada.


 


Da redação,
com informações das agências