Líbano: Neoconservadores advertem Bento XVI

“A revista Weekly Standard, orgão dos neoconservadores americanos, publicou em sua edição de 31 de julho um artigo intitulado “A Guerra do Hezbolá” (“Hezbollah’s War”). Essa publicação afirma que o partido libanês seqüestrou soldados do exército israel

“A revista também acusa a Síria de ser a “instigante” das ações do Hezbolá, e pretende demonstrar isso exibindo uma fotografia do seu líder discursando sob um retrato do presidente sírio Bashar el Assad. Como sempre, o objetivo é favorecer a ampliação do conflito.


 


A verdadeira supresa dessa edição está em um artigo assinado por Joseph Bottum, que denuncia os vaticínios do Vaticano. O autor se queixa da ausência de uma política clara da Santa Sé em relação ao Oriente Médio. Ou melhor, finge crer nessa ausência de política, já que não deu bolas às manifestações do Vaticano favoráveis à Autoridade Nacional Palestina, à internacionalização de Jerusalém, contra a primeira Guerra do Golfo, contra o bloqueio econômico que se sucedeu a essa guerra e contra a segunda guerra, e conseqüente invasão, do Iraque.


 


Joseph Bottum prefere atacar o adversário de sempre, o cardeal Angelo Sodano. Este último, favorável no passado à Östpolitik, ou seja, à conclusão de um compromisso com os soviéticos em troca de “liberdade” para os católicos da Europa Central, propõe atualmente que se estabeleça um diálogo com os muçulmanos no interesse dos católicos do Oriente Médio.


 


Não se trata, entretanto, de uma simples salva para intimidar.. O conflito em questão poderia ser extremamente violento. Os cristãos maronitas do ex-general Michel Aoun mudaram de lado e estabeleceram uma aliança com o Hezbolá há vários meses, de modo que a Santa Sé poderia cair na tentação de prover armas e munições ao Hezbolá. Precisamente o que os neoconservadores querem evitar”.